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Militarização | Presidente do Equador decreta estado de exceção para passar reformas antipopulares

Usando um discurso antidrogas de combate a violência e ao narcotráfico, Guillermo Lasso decretou nessa segunda-feira (18) estado de exceção em todo o território do Equador. O estado de exceção durará 60 dias e significará restrição de liberdade de trânsito, reunião e associação entre outras limitações.

terça-feira 19 de outubro de 2021 | Edição do dia

Imagem: AFP

Tendo minoria no parlamento e sob ameaça de ser destituído, Lasso ameaça o fechamento do parlamento e militariza as ruas. Por trás do discurso contra o narcotráfico se escondem as reformas tributária, trabalhista e no projeto lei chamado de “Criando Oportunidades”, em verdade uma porção de medidas antipopulares. Logo, a presença dos militares nas ruas, com imunidade para agir sem serem processados, visa a inibição pela violência de qualquer manifestação contra as reformas e ataques.

Lasso ameaça o parlamento com uma medida chamada de “morte cruzada” caso não aprovem as reformas. “Morte cruzada” é um mecanismo da constituição de 2008 que permite a dissolução do parlamento e o chamado de novas eleições gerais, se isso ocorrer Guillermo Lasso irá governar por decreto até as novas eleições.

O presidente reacionário do Equador é suspeito na investigação Pandora Papers e está sob ameaça de ser afastado. Acionar a “morte cruzada” pode lhe blindar contra as investigações e lhe proteger da destituição do cargo.

Prestamos toda solidariedade ao povo trabalhador equatoriano e repudiamos todas as medidas de violência estatal para promover a precarização da vida em prol da economia capitalista. Que sejam os capitalistas que paguem pela crise!




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