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MONOPÓLIOS DA EDUCAÇÃO | Presenteados pelos governos petistas grandes tubarões da educação garantem lucros até hoje

sexta-feira 12 de maio de 2017 | Edição do dia

No Brasil pós golpe se é verdade que o governo Temer vem aplicando grandes ataques como a Reforma do Ensino Médio, a ampliação irrestrita da terceirização e as absurdas reformas trabalhistas e da previdência, que afetam em cheio a educação, como anunciou que faria em sua carta de governo "Ponte para o Futuro", também é verdade que estes ataques se iniciaram com força nos governos de Lula e Dilma.

Os grandes tubarões da educação tiveram seu espaço garantido e privilegiado pelo plano de governo dos petistas. O Plano Nacional de Educação (PNE), sancionado por Dilma em 2015, ficou conhecido como o PNE privatizador da educação e fez com que grandes monopólios da área tivessem lucros exorbitantes, em detrimento dos direitos da população.

Em meio a uma crise econômica, que os grandes empresários e políticos querem descarregar nas nossas costas, utilizando inclusive um golpe institucional para aprofundar seus ataques, o lucro recorde dessas empresas educacionais permanece no governo Temer, como é o exemplo da Kroton Educacional, que anunciou nesta sexta-feira (12) um lucro liquido ajustado de R$ 577,1 milhões no 1º trimestre deste ano.

A situação do ensino público brasileiro é uma catástrofe, que não é segredo para ninguém. Nos últimos anos o que vimos foram escolas e professores em situações precárias em todos os estados e se pensarmos as universidades públicas o que vemos são cortes e mais cortes nas verbas para a educação, trabalhadores sem salários, cortes nas permanências estudantis e aulas paralisadas. O grande exemplo dessa situação é a UERJ, uma das mais importantes universidades do país.

Os cortes no ensino público se tornaram ainda mais gritantes no final do governo Dilma, que tinha como lema ironicamente a "Pátria educadora". Meses antes do golpe, Dilma já tinha cortado mais de R$14 bilhões da educação pública. Por outro lado, foi também em seu governo que a injeção de dinheiro nos grandes monopólios educacionais teve grande aumento.

A já mencionada Kroton Educacional, que comemora seu grande lucro me meio a uma situação onde os trabalhadores perdem direitos, é o maior grupo educacional do Brasil, investindo principalmente no ensino superior à distância e livros e materiais pedagógicos. No último trimestre de 2016 a Kroton já anunciava crescimento de 27,8%.

Seguindo a lógica de precarizar e dificultar o acesso a educação aos jovens da classe trabalhadora, a estrategia do governo golpista passou a ser diminuir o FIES, que antes passava boa parte da verba pública da pasta de educação para as faculdades privadas, para aumentar o Parcelamento Estudantil Privado (PEP), que além de beneficiar as faculdades privadas também e grande alento para os bancos e empresas do ramo financeiro, já que endivida os jovens que querem ter acesso ao ensino superior. A própria Kroton, atribui ao PEP parte do seus crescimento.

Essa situação demonstra na pratica que o governo golpista de Michel Temer é um grande inimigo da população, mas que a política conciliatória do PT com a burguesia, para garantir seus lucros e controle sobre os trabalhadores não é uma saída, como parte da esquerda vem defendendo para 2018, com a candidatura de Lula.

A educação publica e os direitos dos trabalhadores só serão garantidos com sua própria força, como demonstrou o histórico dia 28 de abril, com a maior greve geral das ultimas décadas.

Esta colocada uma grande tarefa para os trabalhadores e a juventude, barrar as reformas de Temer, construindo comitês de luta em suas regiões e locais de trabalho e estudo e ocupando Brasilia dia 24 de maio, exigindo das entidades representativas, como centrais sindicais e as estudantis, centenas de ônibus e meios de garantir essa grande mobilização em Brasilia, para preparar uma nova e maior greve geral no país.




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