Os trabalhadores protagonizaram a maior greve do funcionalismo público de Guarulhos que durou 30 dias e conquistaram na justiça o não corte do ponto e a paralisação temporária do processo de extinção da empresa até que o TRE julgue se é necessário ou não realizar um referendo. Porém, arbitrariamente o prefeito Guti realizou uma demissão em massa nessa segunda-feira (13) colocando 3700 famílias no desemprego.
terça-feira 14 de dezembro de 2021 | Edição do dia
Foto: divulgação MTST Guarulhos
Os trabalhadores em greve conquistaram também 90 dias de estabilidade o que coloca essas demissões como uma medida totalmente ilegal por parte da prefeitura, que, pela decisão judicial, não poderia realizar demissões até o dia 6 de janeiro. Porém a prefeitura quer encerrar as atividades da Proguaru (Progresso e Desenvolvimento de Guarulhos) dia 31/12. A Proguaru é uma empresa pública que realiza em Guarulhos a coleta do lixo, a fabricação de asfalto, a pavimentação, galerias e canalizações, a limpeza das ruas e uma porção de outros serviços contando com 4,7 mil funcionários.
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Na semana passada diante do anúncio de demissões em massa um trabalhador passou mal, caiu e morreu após ser socorrido pelo SAMU. O fato interrompeu por alguns dias o plano de demitir 400 trabalhadores por dia. Porém nessa segunda-feira (13) foram demitidos quase 4 mil de forma totalmente ilegal e arbitrária. Segundo um trabalhador o prefeito Gustavo Costa quer se aproveitar do recesso do judiciário e avançar com essas arbitrariedades.
A extinção da Proguaru está a serviço dos interesses de empresas privadas aliadas da prefeitura e de vereadores privatistas que passarão a disputar licitações para um serviço terceirizado e precário. A primeira empresa que já foi contratada é a G3 Polaris que ganhou licitação de R$ 50.770.322,04 e não conta com trabalhadores suficientes para realizar as tarefas, por isso abriu 400 vagas de emprego precário. Contra isso tudo é preciso unificar todos os trabalhadores que realizam as tarefas indispensáveis para o funcionamento da cidade, para que organizem sua própria estratégia de luta. Uma luta que supere a direção do STAP (Sindicato dos Trabalhadores da Administração Publica de Guarulhos) que é a Força Sindical, que durante todo o processo de luta colocava que a extinção da empresa era um fato consumado fazendo sempre discursos para desmoralizar os trabalhadores em greve.
Todo o apoio e solidariedade aos trabalhadores e trabalhadoras da Proguaru! Pela não extinção da estatal e pela manutenção de todos os empregos! Por um plano de luta para que sejam os capitalistas que paguem pela crise e não os trabalhadores e a população com serviços mais caros e precários.
