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PRIVATIZAÇÕES | Pré-sal em liquidação: Temer continua entrega de uma das maiores riquezas nacionais a preço de banana

O governo brasileiro pretende realizar quatro leilões de pré-sal até 2019, dando mais um passo rumo a entrega do petróleo ao capital imperialista. Grandes empresas multinacionais da área petrolífera já manifestaram interesse em participar dos consórcios, posto o "preço de banana" que deve ser vendida. Com as mudanças, a Petrobras não irá mais operar os campos de pré-sal e ainda deixa de ter os acordados 30% em todas as áreas.

terça-feira 4 de abril de 2017 | Edição do dia

Já no âmbito local, as obrigações de contratação de fornecedores brasileiros foram reduzidas pela metade, tudo em nome da competitividade brasileira, segundo o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. Tais mudanças ocorreram a partir da aprovação do PL 4567/16, conforme noticiamos aqui.

O ministro afirmou que as mudanças visam estimular o setor, com mais investimentos e aumento na arrecadação de royalties para os estados. Especialistas preveem arrecadação de até R$ 24 bilhões, dos quais cerca de R$ 8,5 bilhões em 2017, e investimentos da ordem de R$ 250 bilhões. Na realidade é a entrega completa, a "preço de banana" das riquezas naturais do Brasil, e a venda ao capital internacional de um combustível estratégico.

A Petrobras não busca apenas investidores financeiros, mas operadores para o pré-sal. Também busca parceiros que tenham soluções para baixar o custo da extração, pois tem a meta de ser lucrativa, mesmo que o preço do petróleo chegue a US$ 35 por barril. Hoje, ela consegue mesmo que o valor chegue a US$ 40. A cotação do barril fechou sexta-feira pouco acima dos US$ 52.

O discurso da competitividade brasileira para atrair recursos esconde a falência dos vários governos, seja pela falta de investimentos em pesquisa e desenvolvimento ao longo dos anos, pela corrupção crescente, além da escandalosa entrega dos recursos nacionais aos interesses estrangeiros. O leilão do campo de Carcará à norueguesa Statoil por US$ 2,5 bilhões de dólares, quando o valor mínimo seria de 28,6 bilhões, mostra do lado de quem está o governo Temer.




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