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UERJ | Postagem anônima machista na UERJ beira o ridículo diante da força das mulheres

Na última semana, circulou nas redes, postagens anônimas machistas com uma espécie de "manual" repulsivo sobre as estudantes da UERJ. Diante da força das mulheres trabalhadoras e jovens que são linha de frente em todo mundo, mostrando que nossa potência pode ser imparável, beira o ridículo esse tipo de postagem. Seguiremos combatendo o machismo dentro e fora da universidade.

quinta-feira 26 de agosto de 2021 | Edição do dia

Somente no período de março a agosto de 2021, enquanto irrompe sob a população os impactos da pandemia e da crise econômica e social, as mulheres mostram sua disposição de luta e têm sido linha de frente em todo o mundo.

As paraguaias contra o desemprego, a crise sanitária e o reacionário presidente Mario Abdo Benítez, parceiro de Bolsonaro; as argentinas arrancaram nas ruas o direito ao aborto, ainda que com contradições e seguem para que esse direito conquistado se efetive de fato; as adolescentes chilenas que, estiveram à frente da Revolta de 2019, foram novamente às ruas junto às trabalhadoras da saúde mostrando à Piñera que ninguém as calaria; em Myanmar, as operárias têxteis e jovens protagonizaram a luta contra o Golpe Militar; o exemplo mais recente, com as mulheres afegãs se levantando em protesto contra o reacionário Talibã, além de muitos outros.

Durante a pandemia no Brasil, uma em cada quatro mulheres foi vítima de algum tipo de violência, aumentaram os casos de violência doméstica, além de toda opressão e exploração sentida na carne mais profundamente pelas mulheres que, hoje somos mais da metade da classe trabalhadora a nível internacional, sobretudo as mulheres negras. Mais ainda nesse cenário, que toda e qualquer piada machista é um cimento ideológico a essa opressão. Essa postagem só podia estar em anônimo mesmo, porque com tantas mulheres na linha de frente, quem ainda teria coragem de fazer "piada" machista?

É com a moral dos grandes exemplos de luta inspiradores das mulheres por todo o mundo, que não daremos espaço para estudantes que entram na universidade pública e acham que dirão quem nós somos ou que suas opiniões sobre nossos corpos e estéticas nos interessam e nos importam. Como bem avisou Louise Michel na Comuna de Paris, "cuidado com as mulheres quando se sentem enojadas de tudo o que as rodeia e se levantam contra o velho mundo. Nesse dia nascerá o novo mundo."

Seguiremos combatendo o machismo cotidiano dentro e fora da universidade, universidades essas, que como instituições burguesas, também reforçam e reproduzem em sua prática a opressão e exploração Lutamos contra o governo Bolsonaro, Mourão e militares, batalhamos pela destruição do capitalismo, bem como pelas universidades à serviço de toda a população e da classe trabalhadora, onde não exista mais espaço para a lógica de opressão e exploração desse sistema miserável. 

MACHISTAS NÃO PASSARÃO!




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