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Extrema Direita | Por whastapp empresários bolsonaristas encorajam as bravatas golpistas da extrema direita

Foram reveladas mensagens de uma conversa de Whatsapp, extraídas de um grupo de empresários bolsonaristas, defendo um golpe militar no Brasil frente a possível vitória de Lula.

quarta-feira 17 de agosto de 2022 | Edição do dia

Em artigo publicado pelo site Metrópoles foram reveladas mensagens de uma conversa de Whatsapp, extraídas de um grupo de empresários bolsonaristas, defendo um golpe militar no Brasil frente a possível vitória de Lula.

O grupo reúne grandes empresários, especialmente do ramo do comércio, de diversas partes do país, desde nomes conhecidos como Luciano Hang, dono da Havan; Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu; José Isaac Peres, dono da shoppings Multiplan; e outros menos famosos, como José Koury, dono do Barra World Shopping, no Rio de Janeiro; Ivan Wrobel, da construtora W3 Engenharia; e Marco Aurélio Raymundo, o Morongo, dono da marca de surfwear Mormaii.

Esta estirpe nunca escondeu sua cunha golpista e reacionária, sendo grandes entusiastas de Bolsonaro durante as eleições de 2018 e durante o golpe institucional de 2016. Para além das reacionárias posições públicas, a burguesia do comércio também ganhou inúmeras vezes as primeiras páginas da mídia, devido aos inúmeros atos de humilhação e coerção exercida contra os trabalhadores de suas lojas, que eram obrigados a reproduzir e protagonizar as posições políticas de seus patrões através de manifestações profundamente constrangedoras nos estabelecimentos e nas redes sociais.

Longe de terem cacife econômico e político de fazerem suas palavras valerem, em um mundo capitalista globalizado, onde os mega monopólios dos imperialismos, dos EUA por exemplo, fazem valer suas vontades sobre o futuro da política brasileira, como ficou expresso recentemente com as manifestações dos banqueiros da Febraban e da burguesia industrial da FIESP, durante o dia 11 de agosto, na cínica defesa da “democracia” e permanência do projeto econômico do golpe institucional de 2016, aplicado na risca por Bolsonaro diga-se de passagem, estes senhores donos de redes e franquias do comércio, trocam mensagem expressando o golpismo mais atroz remanescente nos porões da ditadura militar.

Reproduzindo os argumentos falaciosos e interessados de Bolsonaro contra as urnas eletrônicas e o STF, esses burgueses falam de intervenção militar, enaltecendo a manifestação organizada pelas forças bolsonaristas para o 7 de setembro, arquitetam planos de campanha pró bolsonaro em suas lojas e insinuam possibilidades de compra de voto de seus funcionários.

O entusiasmo para um golpe de estado para impedir a eventual posse de Lula está explícito na mensagem publicizada de José Koury, proprietário do shopping Barra World e com extensa atuação no mercado imobiliário do Rio de Janeiro, na qual diz. “Prefiro golpe do que a volta do PT. Um milhão de vezes. E com certeza ninguém vai deixar de fazer negócios com o Brasil. Como fazem com várias ditaduras pelo mundo”, publicou.

Sobre o desfile militar na orla de Copacabana foi compartilhado por Marco Aurélio Raymundo, conhecido como Morongo, dono da rede de lojas Mormaii: “O 7 de setembro está sendo programado para unir o povo e o Exército e ao mesmo tempo deixar claro de que lado o Exército está. Estratégia top e o palco será o Rio. A cidade ícone brasileira no exterior. Vai deixar muito claro”, escreveu.

José Koury, por sua vez, sugeriu retomar um plano proposto por seus colegas, de bonificar os funcionários de suas lojas para incentivar o voto em Bolsonaro. “Alguém aqui no grupo deu uma ótima ideia, mas temos que ver se não é proibido. Dar um bônus em dinheiro ou um prêmio legal pra todos os funcionários das nossas empresas”.

Vitor Odisio, coach, engenheiro e CEO da Thavi Construction, em uma das mensagens escreveu: “Bolsonaro não leva essa eleição de forma nenhuma com essa formação de TSE e essas urnas”. “Tem que intervir antes, esquecer o TSE, montar uma comissão eleitoral (como quase todos os países do mundo fazem), votação em papel e segue o jogo! Simples assim”, escreveu. “Depois da eleição já era, vai ser esperneio…”.

Estas são apenas algumas das mensagens até então publicizadas, mas que já ilustram suficientemente a toada golpista e de extrema direita que segue. O site que divulgou as mensagens promete seguir expondo o teor das conversas deste grupo, e o show de horrores deve continuar.

A burguesia nacional de comerciantes sempre foram os mais ufanistas das atrocidades bolsonaristas, além de terem sido entusiastas, junto com muitos dos que hoje falam em “democracia”, como o judiciário, o TSE, o STF, a Febraban e a FIESP, do golpe institucional de 2016. Essa laia expressa explicitamente nessas mensagens, mais do que a sanha golpista da extrema direita mais reacionária, também o desespero no qual se encontram diante do cada vez maior isolamento de Bolsonaro. Não à toa, fazendo parte das forças sociais da extrema direita encarniçada que seguirão após as eleições, não deixam de, frente ao desespero, incentivar as possíveis aventuras e bravatadas a la Trump e encorajar as bases mais reacionárias e odiosas que apoiam o odiável atual presidente da república.

No entanto, esses barões do comércio são peixes pequenos na fila do pão da burguesia do capital financeiro, que seguem dando o tom dos termos políticos para o futuro governo, alinhando-se com a chapa Lula-Alckmin para representar seus interesses econômicos de ataques e privatizações.




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