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JUVENTUDE ALIADA AOS TRABALHADORES | Por uma grande campanha dos estudantes da UnB em defesa das e dos terceirizados

terça-feira 2 de junho de 2020 | Edição do dia

No contexto de agravamento da crise sanitária e política do nosso país, os setores terceirizados, historicamente os mais precarizados, com piores condições de trabalho e de vida e, em sua maioria, mulheres e negres, são os que mais sofrem tanto com a exposição de sua saúde, quanto com a retirada de direitos trabalhistas.

O governo de extrema-direita de Bolsonaro e dos militares ataca a UnB constantemente, seja acusando os estudantes de “balbúrdia” - com supostas plantações de maconha no campus -, seja nas ameaças à autonomia universitária.

No contexto do aprofundamento do golpe institucional, a Reitoria da UnB já vinha tendo uma política de ataque aos terceirizados da universidade, demitindo cerca de 500 trabalhadores em 2018 e permitindo que empresas como a SERVITE reduza os salários e vales dos que trabalham na segurança. Nesse cenário e diante da pandemia, a Reitoria demonstra cada vez mais seu desprezo e descaso com a vida desses trabalhadores que são fundamentais para o funcionamento da Universidade - tanto quanto os efetivos, porém sem os mesmos direitos -, mantendo-os trabalhando durante a pandemia, sob ameaças de demissão. Faz-se necessário reafirmar que esse processo de demissões em massa de trabalhadores é uma decorrência da política de desinvestimento na educação pública brasileira, em vigor desde o início do “ajuste fiscal”, no ano de 2015 - que sacrifica os direitos dos 99% em nome dos interesses do 1% e desmantela qualquer resquício de Estado Social que tenha sido construído no nosso país.

Hoje, após a liberação de todos os estudantes e docentes, os terceirizados da limpeza e segurança seguem trabalhando arriscando suas vidas e de suas famílias, como foi denunciado em carta da Comissão de Trabalhadores Terceirizados da UnB em Defesa da Vida. Justamente os trabalhadores que são privados de acesso à saúde, que em nosso estado está precária: sem testes para todos, com UTIs lotadas, profissionais sem EPIs. Acreditamos que serviços essenciais, neste momento, são apenas aqueles ligados diretamente ao combate à pandemia, produção de pesquisas e trabalhos de saúde para salvar vidas. Esses trabalhadores, quando não se configuram enquanto parte do grupo de risco, precisam receber todo o EPI necessário e testes sistemáticos para COVID-19.

Por isso, os grupos políticos e entidades abaixo assinados fazem um chamado a todes es estudantes, grupos e entidades da UnB a defenderem a liberação de todes funcionáries terceirizades de funções não essenciais que permanecem trabalhando na universidade. Defendemos que isso ocorra sem demissões ou cortes de salários e direitos, garantindo as condições para a defesa da vida desses funcionáries, que fazem a universidade funcionar cotidianamente, e contribuindo para a diminuição da disseminação e do contágio do vírus. Chamamos todes a organizar a mais ampla campanha, com fotos de solidariedade aos trabalhadores e exigência à reitoria.

Assinam:
Faísca
Subverta
Unidos para lutar
Juventude do PSTU
Afronte
Centro Acadêmico de Gestão de Políticas Públicas(CAPOP)
ELO-Socialista




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