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Unificar dia 10 em SP | Por um dia 10 unificado contra a vontade de Bebel e o PT

Nesse dia 10 é fundamental unificarmos os professores do estado de SP com professores municipais e demais categorias de trabalhadores num grande ato unificado na Av. Paulista contras as Reformas de Temer e o PL920 de Alckmin. Não podemos deixar Bebel e o PT isolar as pautas e o ato dos professores do estado do restante do país.

quarta-feira 8 de novembro de 2017 | Edição do dia

Nessa sexta-feira, 10 de novembro, será o Dia Nacional de Lutas chamado pelas centrais sindicais em todo país contra a reforma trabalhista, que passa a valer a partir do dia 11, atacando os direitos de todos os trabalhadores de forma contundente.

Esse poderia ser um dia para resgatar toda a força que a classe trabalhadora demonstrou no primeiro semestre deste ano, culminando na maior greve geral em anos, no dia 28 de abril. Mas, mais uma vez as direções sindicais das principais centrais (CUT, CTB, Força Sindical e UGT) mostram que para eles o que esta em jogo não é fazer recuar as reformas dos golpista, e sim seus interesses próprios como o imposto sindical e a pauta eleitoral, tão cara principalmente para CUT e CTB. Isso porque claramente não se moveram em nada para mobilizar as bases das categorias. Preparam uma nova traição a luta dos trabalhadores, assim como fizeram no dia 30 de junho.

Bebel Noronha (CUT/PT) presidente da Apeoesp, sindicato dos professores estaduais de SP, junto com as direções sindicais da mesma central das categorias do funcionalismo de SP deixaram claro que o que importa para CUT e o PT já é a pauta eleitoral de 2018.

Para o dia 10 chamaram um ato no Palácio dos Bandeirantes, contra o PL do congelamento dos gastos de Alckmin, esvaziando da pauta nacional e separando o funcionalismo público, principalmente os professores, uma categoria de 200 mil pessoas e sendo o maior sindicato da América Latina, do restante das categorias mobilizadas e das demais centrais que estarão em um outro ato com inicio na Sé e termino previsto para a Av. Paulista. Tudo o que Bebel Noronha e CUT quer com esse ato é desgastar politicamente Alckmin e ganhar base para eleger deputados e Lula em 2018, levando os professores estaduais para o Palácio dos Bandeirantes isoladamente.

Enquanto isso os professores municipais de São Paulo impuseram em seu sindicato, o Sinpeem, assembleia no dia 10 que unificará com o ato das centrais na Av Paulista, passando por cima da vontade de Claudio Fonseca vereador da bancada de Doria e, tragicamente, presidente do Sinpeem. Em várias escolas os professores municipais se preparam para aderir ao chamado do Dia Nacional de Lutas paralisando as atividades em suas escolas.

As burocracias sindicais da CUT e CTB não querem fortalecer o dia 10 unificando as categorias e principalmente os professores em um único ato, que poderia ser a faísca para resgatar as mobilizações do primeiro semestre e derrotar as reformas de Temer e o PL de Alckmin. Não querem porque isso escancararia a farsa de sua estratégia eleitoral, de que seria o PT a única força que pode combater a direita, elegendo Lula e seus demais candidatos. O adiantamento da pauta eleitoral dos petistas é compactuado com os golpistas e a direita, tanto é que Lula já deixou claro que em nome das alianças eleitorais perdoa os golpistas.

Se Lula, Bebel e o PT perdoam os golpistas, nós professores não e queremos um dia 10 unificado entre professores municipais e estaduais com as demais categorias.

Foi essa política que nossos professores elevaram as instancias e reuniões da Apeoesp nos últimos dias, exigindo que Bebel reveja essa linha equivocada de apartar os professores em serviço de sua provável candidatura.

Também levamos esse debate aos companheiros da Oposição Unificada dentro da Apeoesp, o setor de esquerda do sindicato. A Oposição Unificada só será uma alternativa para a categoria quando romper definitivamente com a linha da direção majoritária da Bebel, dando uma verdadeira batalha dentro do sindicato para que o nosso ato seja unificado na Av. Paulista. Inclusive não podemos cometer os mesmos erros no sentido de se adaptar à direção majoritária da Apeoesp, como foi na paralisação nacional do dia 15 de Março (15M) na qual tínhamos uma assembleia com 40 mil professores do Estado e muita disposição de luta contra as reformas na categoria, professores do município e de vários outros estados do país aprovando greve nesta mesma data – ou seja ótimas condições para iniciar a nossa greve do estado - momento em que Bebel e companhia freou a luta dizendo que “ainda não estávamos preparados” e que seria uma “greve de vanguarda”, de modo a preparar uma greve para o dia 28 de março totalmente desorganizada, isolada e sem nem ao menos um ato ou assembleia marcada. Desmascarar as intenções de Bebel para os professores e exigir que a Apeoesp, um sindicato importante da CUT, pese para que a central aponte imediatamente um plano de luta concreto para fazer triunfar os trabalhadores contra as reformas e os golpistas, começando por unificar nossos atos no dia 10 e dispensar toda a solidariedade ativa a luta dos trabalhadores do RS (que se vencem podem despertar os trabalhadores do país para barrar as reformas retomando o caminho das ruas e da greve geral) é tarefa importante para nós da oposição unificada.

Por isso, exigimos que Bebel e a direção majoritária da Apeoesp rompa com seu divisionismo e faça chamado para que os professores do estado lutem pela anulação da Reforma Trabalhista, contra a Reforma da Previdência e contra o PL920 de Alckmin em unidade com os professores municipais – que demonstram disposição de luta – e demais categorias num grande ato unificado em São Paulo.




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