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ELEIÇÕES DCE USP | Por um DCE que lute contra a burocracia universitária e essa estrutura de poder herdeira da ditadura

A chapa Primavera nos Dentes para o DCE da USP em 2018, discute por que a reitoria e o Conselho Universitário da USP não servem aos nossos interesses.

segunda-feira 6 de novembro de 2017 | Edição do dia

A USP vem passando por uma crise que não está descolada da nacional e, assim como as demais universidades, tem sofrido cortes de todos os governos. Na UERJ, como em todo o Rio de Janeiro, temos o exemplo mais crítico da crise econômica, pois a universidade está sendo fechada por falta de verba e investimentos. Na UnB foram 200 funcionários demitidos e estão sendo racionados água e luz. Foram cortadas 500 bolsas de permanência na USP, bolsas do CNPq, e faltam professores e funcionários.

A resposta para a crise levada a cabo pelos governos, com apoio da reitoria e do conselho universitário, é um plano de sucateamento da universidade e da educação pública, abrindo espaço para o investimento de empresas privadas com o objetivo de privatiza-la. Aprofundando ainda mais o caráter elitista da universidade e colocando-a a serviço dos empresários, que utilizam o espaço público para pesquisas como a de cosméticos da Avon. Tudo isso sem o reitor sequer abrir o livro de contas para mostrar o destino do repasse de verba. Enquanto os burocratas do Conselho Universitário ganham super salários.

Esse caráter elitista fica expresso também no conselho universitário que é composto por uma enorme parcela de burocratas, em sua maioria donos de empresas terceirizadas que atuam na USP, fundações privadas e instituições como a FIESP e FECOMERCIO. Um conselho como este não representa a comunidade USP, tão pouco a população que através de seus impostos, sustentam a universidade.

A universidade ainda é regida por um estatuto reacionário, cuja o regimento disciplinar foi escrito pelo ex-reitor e redator do AI-5 da ditadura, Gama e Silva. Mesmo depois de ser parcialmente alterado em 1988, ainda mantem medidas repressivas como restrições a greves, festas, e punições por atentado contra a “moral e os bons costumes”.

Por isso nós, da chapa Primavera nos Dentes, defendemos a abertura do livro de contas da universidade, e mais verbas para educação, por meio de impostos progressivos as grandes fortunas. Contra essa estrutura de poder heirdeira da ditadura militar, defendemos o fim da reitoria e do Conselho Universitário. E a realização de uma Estatuinte Livre e Soberana, que acabe com as punições e debata democraticamente as propostas e problemas da universidade com o objetivo de alterar sua estrutura de poder. Acabando com a intervenção direta do governo do estado e dos empresários, garantindo a verdadeira autonomia universitária. Onde os estudantes, trabalhadores e professores estejam representados proporcionalmente na administração e gestão da universidade, colocando-a serviço dos trabalhadores que pagam por ela.




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