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RACISMO DA POLÍCIA | População se revolta após Guilherme sumir e aparecer morto por policial um dia depois

Guilherme Silva Guedes, de 15 anos, havia desaparecido na madrugada de hoje e foi encontrado morto em Diadema. Os indícios apontam para mais uma execução cometida pelas mãos racistas da polícia militar.

terça-feira 16 de junho de 2020 | Edição do dia

Imagem: Reprodução/ Record TV

Guilherme Silva Guedes, de 15 anos, havia desaparecido na madrugada de hoje e foi encontrado morto em Diadema. Os indícios apontam para mais uma execução cometida pelas mãos racistas da polícia militar.

A população local, de Americanópolis, periferia da zona sul de São Paulo, se indignou e foi para a rua protestar:

Familiares alegaram que o jovem teria sido morto por um PM que trabalhava como vigilante em um galpão na zona sul da capital. A revolta pela morte gerou um ato espontâneo que durou 3 horas. A polícia militar reprimiu a manifestação.

De acordo com a tia de Guilherme a R7, ele teria desaparecido pela ação de um policial que trabalhava como vigilante num estabelecimento local. Após um assalto no galpão, o suposto policia confundiu o adolescente, que não tem passagens na polícia, com um dos criminosos. A família afirma que encontrou o crachá do policial no local de onde Guilherme havia desaparecido na noite de ontem.

Câmeras de segurança mostraram Guilherme pouco antes de seu sumiço. Ele conversa com um amigo por um tempo, até que fica sozinho, em frente à casa de sua avó. Logo depois, dois homens chegam ao local. Um deles esconde um objeto parecido com uma arma em suas mãos.

O policial militar quis fazer justiça contra as próprias mãos e arrancou a vida de mais um jovem negro. Nesse tribunal de rua, ser negro significa a morte. O corpo de Guilherme foi encontrado com tiros nas mãos e também na cabeça. Também apresentava vários sinais de agressão, segundo os familiares.

Em meio à fúria negra a polícia racista brasileira segue massacrando o povo negro e pobre. A polícia de João Dória (PSDB), governador do Estado de São Paulo, agrediu brutalmente um jovem nos últimos dias. Agora tira a vida de Guilherme e se vai mais um jovem negro para a conta da polícia racista.

A polícia racista que assassinou João Pedro, João Vitor, Juan, Jordy, Evaldo, Agatha, Maria Eduarda e tombou tantos outros corpos negros, principalmente, nas periferias das grandes cidades segue mesmo diante da fúria negra com a violência policial e o genocídio do povo negro. O que evidencia de longe que não é possível uma “reforma da polícia” com uma “polícia humanizada” como muitos insistem em defender. A polícia tem encarniçado em suas mãos sujas de sangue o racismo, os interesses dos governos e dos patrões.

Se a revolta negra nos EUA tem todo o sentido de ser, no Brasil os negros junto com toda a classe trabalhadora antirascistas tem que trazer para cá as mobilizações que estão paralisando o centro do imperialismo mundial. Vidas pretas importam!




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