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VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER | Polícia do Rio investiga se garota de 16 anos foi violentada mais de uma vez no dia

A polícia civil do Rio de Janeiro segue as investigações do caso de estupro da adolescente de 16 anos. Um caso, no mínimo, revoltante e que levantou milhares de mulheres no Brasil inteiro contra a cultura do estupro.

sábado 4 de junho de 2016 | Edição do dia

No dia 21 de maio de 2016, uma garota de 16 anos foi estuprada no complexo de favelas São José Operário por mais de 30 homens. 38 segundos do ato foram gravados em vídeo e publicado na internet. A partir daí a vítima passa por exame de corpo de delito e, com a sua família, procura a polícia para punir os estupradores.

A nova delegada do caso Cristiana Bento diz, para entrevista do jornal Folha de São Paulo: “A minha convicção é de que houve estupro. Está lá no vídeo, que mostra um rapaz molestando a menina. O estupro está provado. O que eu quero agora é verificar a extensão desse estupro, quantas pessoas praticaram esse crime”.

O que a polícia do Rio e a Promotoria desejam com essas investigações é provar que a garota sofreu vários estupros em momentos diferentes do mesmo dia pelos mesmo rapazes, assim como o envolvimento de chefes do tráfico no caso. Mesmo depois de 4 depoimentos dados pela vítima.

Se mexem com uma, organizamos milhares

O caso é revoltante e todos os estupradores devem ser punidos, mas sabemos que o fim da cultura do estupro não virá pelas mãos da Justiça e da Polícia, que relativizam o caso diante da confusão do depoimento da vítima, afinal o impacto é violento tanto fisicamente quanto psicologicamente, num país em que somente 35% dos estupros são notificados. Não devemos ter confiança num Estado que se omite ou é diretamente conivente com essa cultura, devemos nos auto-organizar para arrancar nossos direitos, que estão em xeque com o governo golpista do Temer e do Cunha diante do PL5069 ao retirar o direito ao aborto até para vítimas de estupro.

Como foram os atos Por Todas Elas no Brasil inteiro, milhares de mulheres manifestaram sua revolta contra a cultura do estupro. O caso da adolescente de 16 anos é mais um escancaramento da sociedade capitalista machista e misógina que vivemos, especialmente quando o governo interino de Temer discute o Ministério da Cultura com o estuprador confesso Alexandre Frota, que anunciou em rede nacional como piada o estupro de uma mãe de santo. Não vamos nos calar e deixar passar barbáries cotidianas, vamos defender a garota até o fim, sem nos deixar iludir pelas ações da Justiça e dos governos que discutem o futuro da educação brasileira com um degenerado de pior tipo.




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