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VIOLÊNCIA POLICIAL | Polícia assassina do RJ matou 4 por dia em 2018

Número de mortes em janeiro a julho é 39% maior do que foi registrado no ano passado que registrou recorde de mortes pela polícia

quarta-feira 29 de agosto de 2018 | Edição do dia

Imagem: Jose Lucena/Futura Press/Folhapress

Sob intervenção federal desde fevereiro, o estado do Rio de Janeiro registrou 895 mortes pela polícia em intervenções de janeiro a julho deste ano. O número representa uma média de 4 por dia, sendo 39% maior do que as 643 registradas no mesmo período do ano passado.

Desde a implementação da intervenção militar, em fevereiro desse ano, o número de homicídios e de tiroteios só aumentou, fruto da política genocida do governo golpista. Semana passada, uma operação na zona norte do Rio deixou mais de uma dezena de mortos. Essa semana houve tiroteios na favela Santa Marta em Botafogo e nos morros do Tabajara e Cabritos em Copacabana. Isso explica porque o general Villas Boas, no início do ano pediu que não se formasse uma comissão da verdade para a intervenção federal.

Cada vez mais a intervenção federal mostra que só veio para aumentar a repressão contra os moradores de favelas e o povo negro, de modo que no debate para governador do Estado realizado pela Band no dia 16/8 ela foi criticada por todos os candidatos. Apesar disso, muitos candidatos apresentaram propostas para violência como “modernizar” a polícia, aumentar a inteligência e unificar as polícias. Essas mudanças vêm apenas para fortificar o aparato repressor do Estado. O curioso é que não apenas candidatos dos partidos golpistas e reacionários estavam defendendo esse programa, mas também o candidato do PSOL Tarcísio Motta em sua utopia de humanização da polícia.

Diferente disso, nós do MRT nos levantamos fortemente pelo fim da intervenção federal colocando consequentemente que única saída para a violência que vivemos atualmente é a legalização das drogas, dando um fim à guerra as drogas, que é usada como desculpa para reprimir a população que mora nessas regiões, junto a um programa anticapitalista, que coloque o não o pagamento da fraudulenta dívida pública e invista em serviços públicos e na criação de emprego. Também é necessário lutar por uma Petrobrás 100% estatal sob controle dos trabalhadores e controle da população, para que seus recursos sejam investidos para a classe trabalhadora e a população pobre, não para um punhado de acionistas.




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