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BOLSONARO CENSURA IMPRENSA COM AGENTES DA PF | Polícia Federal impede filmagem de Bolsonaro e obriga cinegrafista a apagar imagens

sábado 3 de novembro de 2018 | Edição do dia

A censura à imprensa, que já era uma marca forte no discurso de Bolsonaro, após a sua eleição tem se mostrado em ações concretas do futuro presidente. Primeiro, na coletiva de imprensa em que diversos veículos da imprensa – Valor Econômico, O Globo, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, Rádio CBN e agência Bloomberg, por exemplo. Agora, um cinegrafista da Globo que registrou imagens de uma atividade pública de Bolsonaro foi obrigado por policiais a apagar sua filmagem.

O fato ocorreu nessa sexta-feira, 2, quando Bolsonaro visitava o Centro de Adestramento da Ilha da Marambaia (Cadim). O cinegrafista registrou as imagens de Bolsonaro na restinga da Marambaia, quando foi abordado pelos policiais e, após ser obrigado a apagar as imagens, teve seus dados coletados, foi fotografado e obrigado a retornar ao local onde havia embarcado.

Bolsonaro embarcou para ir ao Cadim no Iate Clubede Itacuruçá. Ali, a imprensa também foi expulsa pelo diretor da instituição, que se identificou como “Valdir”. Ele afirmou aos profissionais da imprensa presentes que era militar, e ameaçou prendê-los se não se retirassem do local.

Procurada pela Globo para se manifestar sobre o caso, a Polícia Federal disse que não poderia responder porque não havia expediente no dia. Já o Cadim emitiu uma nota: O político visitou a Organização Militar da Marinha que, tradicionalmente, oferece privacidade e segurança para autoridades nacionais e estrangeiras", afirmou. "Cabe destacar que o local é o único em todo o Estado do Rio de Janeiro onde navios, aeronaves e veículos militares podem fazer uso de armamento real para adestramento. Em função da proximidade com várias outras OM, o deslocamento das unidades a serem adestradas é feito de forma rápida, economizando tempo e recursos”.




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