×

Tragédia capitalista | Petrópolis convive com aglomeração, covid e piolho em abrigos, aponta Ministério Público

Ministério Público do Rio de Janeiro aponta alto risco em ao menos 8 abrigos que acolhem famílias desabrigadas em Petrópolis. Depois da tragédia capitalista agora convivem com o risco de contaminação por covid e também piolho.

quinta-feira 24 de fevereiro de 2022 | Edição do dia

Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil

Oito abrigos em Petrópolis se encontram situação de risco, devido à superlotação. A promotoria confirmou notificações de casos Covid-19 e de piolho por causa de aglomerações em algumas unidades que acolhem as vítimas. Para o MP, os espaços que possuem mais de 80 pessoas já são considerados de alto risco.

Atualmente, 1.100 pessoas estão em abrigos da cidade, sendo 346 crianças acompanhadas por responsáveis, 60 adolescentes, 107 idosos e 18 portadores de deficiência.

A 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Petrópolis expediu um ofício à Defesa Civil para que, em 24 horas, seja realizada uma vistoria em 5 locais. O MP também já repassou as informações à Secretaria Municipal de Saúde.

Pode te interessar: PEC da Câmara mantêm intacta a asquerosa ’taxa do príncipe’ da família imperial em Petrópolis

A tragédia capitalista em Petrópolis já deixou ao menos 210 pessoas mortas em decorrência dos deslizamentos e desabamentos causados pelo temporal do dia 15 de fevereiro. 191 corpos já foram identificados. Do total de pessoas mortas, 124 são mulheres, 86 homens e 40 menores de idade. De acordo com a prefeitura, as buscas continuam nas áreas onde há suspeita de vítimas, como Morro da Oficina, Vila Felipe, Sargento Boening e Vila Itália, bairros onde mora a maior parte das famílias de trabalhadoras e trabalhadores.

Veja também: “Se não houvesse tanto descaso do poder público estas mortes poderiam ser evitadas” – Entrevista com a geógrafa da USP Michelle dos Santos

É necessário um verdadeiro plano de obras públicas que gere emprego e coloque os moradores das zonas de risco e aqueles que desejam ter seu direito à moradia garantido como parte de uma transformação radical do ambiente urbano, que leve em conta todo o acúmulo técnico e científico para a formação de um novo ambiente social, de circulação e de trabalho. Esta é uma tarefa necessária e possível, que rompa com o capitalismo e retome o equilíbrio climático e ambiental, tarefa histórica de todos os explorados e oprimidos não só do Brasil, como de todo o mundo.




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias