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TRABALHADORES PAGAM O PATO | Pato da FIESP volta para Avenida Paulista

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), que até então parecia satisfeita com os trabalhadores “pagando o pato” da crise, com a reforma trabalhista e demais ataques, agora reinicia sua campanha “Não vou pagar o pato”, em referência ao aumento das alíquotas do PIS e da Confins sobre combustíveis que atinge o setor industrial.

sexta-feira 21 de julho de 2017 | Edição do dia

O Pato amarelo inflável da FIESP, que foi um dos símbolos das manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT), voltou à Avenida Paulista, São Paulo. Na época o setor de empresários industriais, liderado pela FIESP, reclamava de que teriam que “pagar o pato” através dos impostos. Agora a reclamação é por causa de uma decisão federal, anunciada ontem e já em vigor nesta sexta-feira, 21, de elevar as alíquotas do PIS e da Cofins sobre combustíveis.

Enquanto os ataques estavam concentrados nos trabalhadores, através das reformas trabalhista e previdenciária e do avanço das terceirizações e privatizações, a FIESP estava apoiando o governo nessas medidas e confortável com a situação. Mas quando um aumento de tarifas pode atingir o lucro dos empresários do setor, ainda que seja de forma leve, a Federação não hesita em reclamar. Na última quinta-feira (20), o presidente da Fiesp, empresário e político Paulo Skaf, ameaçou que a elevação dos tributos poderia agravar a crise num momento em que a economia começa a se recuperar e se disse "indignado" com a medida.

Skaf alegou que o "aumento de imposto recai sobre a sociedade, que já está sufocada, com 14 milhões de desempregados, falta de crédito e sem condições gerais de consumo", buscando igualar os ataques aos trabalhadores e ao empresariado. O presidente da Fiesp, que é do PMDB e aliado do presidente Michel Temer, ainda disse hipocritamente que a entidade patronal mantém suas bandeiras, "independentemente de governos".

Em seu discurso demagógico, o empresário diz que "somos contra o aumento de impostos porque acreditamos que isso é prejudicial para o conjunto da sociedade. Não cansaremos de repetir: Chega de Pagar o Pato. Diga não ao aumento de impostos! Ontem, hoje e sempre". Na realidade tentam amenizar a rejeição ao governo Temer, que cresce a cada dia, fazendo um discurso que busque se ligar de alguma forma ao povo, como se os ataques aos empresários e trabalhadores fosse comparável. Aparentemente, para Skaf e companhia, somente os trabalhadores podem “pagar o pato” pela crise econômica.




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