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PARALISAÇÃO NA ARGENTINA | Paralisação massiva na Argentina e a resposta repressiva do governo Macri

A paralisação é massiva e contundente. O protocolo “antipiquete” é o nome com o qual o governo de Macri ordenou a repressão contra manifestantes. Apesar disto, os cortes de importantes avenidas e rodovias se mantiveram por várias horas.

quinta-feira 6 de abril de 2017 | Edição do dia

Desde a meia-noite de quinta para sexta se sentiu com força a paralisação nacional chamada pela CGT. A medida de força enfrenta a política de ajuste do governo do Cambiemos e suas consequências. A paralisação do transporte é em todo o país. As imagens desde as primeiras horas do dia mostraram cidades com ruas vazias. Às 7 da manhã se encontravam já cortados os principais acessos da cidade de Buenos Aires. O sindicalismo combativo e a esquerda cortaram totalmente a Avenida Panamericana, a Ponte Puyrredón e a Ponte La Noria.

Trabalhadores e estudantes cortaram #Panamericana apesar da Gendarmería: “Aqui chegou a esquerda combativa junto aos trabalhadores”. #ParalisaçãoNacional

Além disso foram realizados cortes na esquina de Callao e Corrientes na Cidade de Buenos Aires e no acesso Oeste, em direção a CABA.

O governo ordena violenta repressão contra os cortes em Buenos Aires

Com cachorros, canhões de água e gases, o governo e sua polícia atacaram aos trabalhadores e trabalhadoras que protagonizaram o corte, no marco da paralisação nacional.

“Não queremos mais demissões, não queremos repressão, cantam agora em #Panamericana frente ao avanço da Polícia. #Piquetes pela #ParalisaçãoGeral

O governo de Mauricio Macri reprimiu aos trabalhadores e as organizações de esquerda que se encontravam manifestando-se na rodovia Panamericana. A ministra de Segurança, Patricia Bullrich, justificou a repressão em diálogo com diversas mídias. “Se não querem ir por bem, vamos iniciar o protocolo de atuação” afirmou em diálogo com o canal América.

Minutos antes da repressão, esteve presente na região o subsecretário de segurança, Eugenio Burzaco, que já havia advertido que o “objetivo é que o quisesse ir trabalhar, o possa fazer”. Após a repressão brutal declarou na mídia que isto “era algo que se esperava”, e acrescentou "com o restante dos cortes vamos atuar igual”.

Assim reprimiu o governo de Macri a #ParalisaçãoGeralAtiva na Panamericana

Denúncias de que o governo forçou a repressão

Os dirigentes da Frente de Esquerda Christian Castillo e Myriam Bregman, dirigentes do PTS, denunciaram as ações repressivas do governo de Maurício Macri. Castillo afirmou que “Eugenio Burzaco, secretário de Segurança da Nação, chegou quando já havia concordado em liberar uma pista, e de forma totalmente provocadora ordenou que a polícia avançasse sobre nossos companheiros e companheiras, onde havia centenas de professores em luta, trabalhadores de distintas fábricas da alimentação, de pneus, gráficos e estudantes. Nós temos cinco gravemente feridos e sete presos”.

@myriambregman apontou contra Burzaco: “Era acessor de Sobich quando mataram a Fuentealba”

Myriam Bregman, deputada com mandato cumprido pela Frente de Esquerda, colocou que “Burzaco recebe ordens da ministra Bullrich e de Maurício Macri, e lembremos que ele foi secretário de Segurança de Jorge Sobish quando este era governador de Neuquén e levou adiante a repressão que tirou a vida do professor Carlos Fuentealba”.

.@mauriciomacri reprime covardemente os professores e trabalhadores que se manifestam no dia da paralisação geral.

Assim que foi conhecida a notícia da brutal repressão por parte da polícia na Rodovia Panamericana, distintas personalidades de Direitos Humanos somaram-se em repúdio às ações das forças de segurança.

Macri junto a empresários e banqueiros

Banqueiros, investidores e CEOs participaram da versão latino-americana do Foro Econômico Mundial conhecido como Foro Davos (referindo-se à aldeia situada ao pé dos Alpes suíços onde ocorre periodicamente). Com a presença de Mauricio Macri, que fará um discurso em seu gabinete, enquanto nas ruas é sentida a esmagadora paralisação convocada contra as suas políticas de ajuste e o governo reprime os trabalhadores.

Será um cartão postal bem gráfico do que está em jogo com a paralisação geral: um plano do governo concebido para tornar os ricos mais ricos com paus e gases, e a vontade de lutar contra aqueles que durante estes 16 meses viram suas condições de vida deteriorando-se, verdadeira base do projeto macrista.




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