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6A PARALISAÇÃO GERAL ARGENTINA | Paralisação Argentina: Dirigentes do MRT falam sobre os exemplos para uma verdadeira greve geral dia 28

quinta-feira 6 de abril de 2017 | Edição do dia

Nesta quinta-feira, dia 6, aconteceU um dia de paralisação geral contra os ataques de Macri, na Argentina. A organização irmã do MRT na Argentina, o PTS, ambas idealizadoras que impulsionam a rede internacional da qual faz parte este diário, está nas ruas através da Frente de Esquerda dos Trabalhadores, mobilizando todas as suas forças para que este seja um dia de forte paralisação. Abaixo publicamos comentários de trabalhadores e figuras públicas do MRT sobre a paralisação nacional que traz importantes exemplos para nós brasileiras e brasileiros para o dia que está sendo chamado no próximo dia 28 Abril.

1. Diana Assunção, trabalhadora da USP, ex-candidata a vereadora do MRT pelo PSOL em 2016 em São Paulo: É muito importante a paralisação nacional que está acontecendo hoje na Argentina. É mais uma mostra de que os trabalhadores estão dispostos a lutar contra os ataques dos governos que querem fazer com que os trabalhadores paguem pela crise capitalista. Esta disposição de luta fica clara não só na Argentina de Macri, mas também no Brasil de seu aliado golpista Michel Temer, onde protagonizamos no último dia 15 de março paralisações que indicam também a entrada em cena de importantes setores da classe trabalhadora contra as reformas em curso, como a trabalhista e a da previdência. No dia 28 as centrais sindicais estão chamando um dia de luta, para a burocracia é uma tentativa de a partir de algumas ações espaçadas, dando um mês de trégua para o governo, tentar esfriar a vontade de luta e desviar para uma política eleitoral do “Lula 2018”, nós do MRT viemos denunciando essa política e exigindo uma greve geral de verdade. A luta dos argentinos hoje deve ser um importante exemplo, onde nossa organização irmã, o PTS, esteve ativamente coordenando as ações em todo o país, lutando para superar os freios da burocracia sindical e apresentando um programa para derrotar os ataques levando ao enfrentamento com o capitalismo.

2. Felipe Guarnieri, operador de trem da Linha 1 azul do Metro de SP: O que deixa os trabalhadores insatisfeitos na Argentina não é diferente do que sentimos na pele as trabalhadoras e os trabalhadores brasileiros: retirada de direitos trabalhistas, desemprego, carestia de vida e pobreza. Por isso estamos acompanhando atentamente o que acontece no 6A da Argentina hoje, pois estamos conscientes de que podemos tirar daí exemplos e ecoar no Brasil caminhos que mostrem que apenas a união de toda a classe trabalhadora pode barrar estes ataques, e coloca a importância do internacionalismo da nossa classe. União que aqui no Brasil nós do MRT achamos que para ocorrer devemos tomar a luta em nossas mãos, através de comitês de base em cada local de trabalho ou estudo para exigir das centrais sindicais e dos sindicatos um plano de luta para construir uma verdadeira greve geral no dia 28 de abril. O metro no dia 15 deu exemplo de luta, parando as estações e os trens, e recebendo amplo apoio popular, com a população aplaudindo os trabalhadores em algumas estações. Mostrando que o clima para uma verdadeira greve geral esta colocado.

3. Maíra Machado, professora e ex-candidata a vereadora do MRT pelo PSOL em 2016 em Santo André: A CGT, maior central sindical da Argentina, apesar de convocar o 6A hoje, não faz nada para mobilizar de fato a grande massa de trabalhadores que estão organizados em seus sindicatos. Já desde as primeiras horas da manhã, acompanhando a paralisação argentina pelo Esquerda Diário, estou vendo que quem está levando a frente uma paralisação geral ativa de verdade vem sendo os sindicatos combativos e a esquerda, como o PTS (organização irmã do MRT) na Frente de Esquerda e dos Trabalhadores (FIT) que com figuras importantes como o ex-candidato a presidência da Argentina Nicolas Del Caño, a deputada Myrian Bregmam e Christian Castillo estiveram na linha de frente dos piquetes, dentre outras organizações que também fazem parte da FIT. Aqui no Brasil acontece o mesmo quando a CUT e a CTB chamam paralisações gerais, mas não fazem nenhum plano de luta para mobilizar aos trabalhadores. Então precisamos apontar um caminho para uma verdadeira luta tomando a luta em nossas mãos, retomando nossos métodos históricos de auto-organização que possa unir toda a classe trabalhadora e o povo para derrotar as reformas de Temer, se inspirando nesse exemplo para superar todos freios que colocam as centrais sincial. Assim como no dia 15 no Brasil, os professores da argentina foram linha de frente da luta, sendo inclusive duramente reprimidos. Os professores de São Paulo vinham desestimulados pelas últimas greves derrotadas pela burocracia da CUT, e aderiram em massa ao chamado do dia 15, mostrando que querem encabeçar uma verdadeira greve geral, se apostamos na organização independente pela base.

4. Flavia Valle, professora e ex-candidata a vereadora do MRT pelo PSOL em 2016 em Contagem: Eu queria apontar apenas uma lição do 6A: para fazer do dia 28 de Abril uma verdadeira greve geral no Brasil a esquerda, assim como fazem o PTS e a FIT Argentina, têm que se dirigir aos trabalhadores das bases dos sindicatos da CUT e da CTB se mostrando como uma alternativa disposta levar a luta contra estes governos até as últimas consequências, enfrentando os capitalistas e combatendo as direções sindicais burocráticas que deram mais de um mês de trégua à Temer, convocando uma paralisação nacional apenas para o dia 28 de Abril e tentando “esfriar” a nossa luta para servir apenas a seus interesses eleitorais de Lula em 2018. A organização ativa e independente que vemos hoje na Argentina é um exemplo para tomarmos em nossas mãos aqui no Brasil e impor às centrais sindicais e sindicatos um verdadeiro plano de luta para uma greve geral. Nós do MRT elegemos esta uma das nossas principais batalhas.

5. Carolina Cacau, professora do RJ, estudante da UERJ e candidata do MRT pelo PSOL: É revoltante ver a repressão policial, hoje o governo Macri tentou impedir a luta dos trabalhadores usando de muita repressão e força policial. Tiveram presos e feridos, cenas de professores que foram reprimidos com gás lacrimogêneo. Também sou professora da rede pública do Rio de Janeiro, e aqui a população sofre diariamente com a polícia, jovens são assassinados, como o caso da Jovem de 13 anos que foi morta pela política na própria escola, além de um instrumento assassino da juventude, dos negros e pobres, o Estado tem na polícia seu órgão de repressão as manifestações e as lutas dos trabalhadores e da Juventude, como foi no caso da luta contra a privatização da CEDAE, onde o governo do Rio de Janeiro reprimiu violentamente os trabalhadores que estavam se colocando na linha de frente, contra os ajustes que os Estados, Temer, e os capitalistas estão querendo implementar. Mas podemos derrotá-los! A organização dos trabalhadores pode impor às centrais sindicais e sindicatos uma verdadeira luta, que derrote os ataques e os governos.

6. Pablito, trabalhador do COSEAS-USP e diretor do sindicato dos trabalhadores da USP: Uma coisa que me faz pensar a paralisação geral na Argentina é que o que passamos no Brasil também passam nossos irmãos trabalhadores em todo o mundo. Sofremos todos com a miséria de um sistema que coloca os lucros acima da vida de nós que trabalhamos. Trazendo os exemplos da luta de nossos irmãos e irmãs de classe argentinos para o Brasil podemos mostrar que o caminho dos trabalhadores de todo o mundo se cruzam em uma necessária luta contra o sistema capitalista, contra os governos e a burocracia sindical que trai as nossas lutas. O internacionalismo também se expressa quando lutamos pelos nossos irmãos haitianos aqui, pela retirada das tropas brasileiras do Haiti, mas também se expressa em se sentir parte desses grandes combates e extrair daí mais energia para as batalhas aqui. Por isso também fico orgulhoso de ver a atuação do nosso partido irmão na Argentina, o PTS e a Frente de Esquerda e dos Trabalhadores (FIT). Aqui no Brasil como lá na Argentina precisamos dizer em alto e bom som, chega dos trabalhadores pagarem pela crise, que os capitalistas paguem por ela!




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