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VIOLÊNCIA POLICIAL, WITZEL E RJ | Para Witzel, morte de Ágatha e Ketellen são reflexo de "política combativa" que implementa no RJ

Em audiência sobre Segurança Pública no Senado, Witzel justifica o aumento estratosférico de mortes por violência policial no Rio de Janeiro, entre elas Ágatha de apenas 8 anos, à "política combativa".

terça-feira 26 de novembro de 2019 | Edição do dia

Wilson Witzel (PSC-RJ), governador do Rio de Janeiro, afirmou nesta terça-feira que o aumento de mortes pelas mãos de policiais reflexo de uma política combativa do Estado. A declaração foi feita enquanto Witzel, que sob sua gestão acumula dezenas de mortos, inclusive de Ágatha, de apenas 8 anos, participava em uma audiência sobre segurança pública no Senado.

"Evidente quando se pergunta sobre o aumento da letalidade praticada por policiais, o resultado é exatamente um reflexo de uma política combativa como nunca antes foi realizada no estado do Rio de Janeiro", afirmou Witzel.

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Somente no governo Witzel, foram estimados 1.546 assassinatos por parte da polícia. Para Witzel, o número de mortos, incluindo 6 crianças, apontam para o "sucesso" deste projeto de extermínio apoiada na estruturas das UPPs, criadas em 2008 ainda no governo do PT, e elevada à mais brutal matança dos trabalhadores e jovens das periferias cariocas por parte dos governos de extrema-direita.

Ágatha Felix, assassinada pela polícia no Rio de Janeiro

Para o governador, o altíssimo número de mortes é resultado de que o governo estaria “revidando” à suposta ofensiva do tráfico no Rio de Janeiro: "Os integrantes de organizações criminosas estão sofrendo pesadas perdas e partindo para agressão a nossa sociedade e aos nossos policiais, estão sendo revidados e o número de óbitos em relação ao crime organizado teve um aumento em razão de um combate efetivo do crime organizado pelas nossas forças policiais".

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Em relação ao escandaloso número de mortos no Rio de Janeiro, Witzel defendeu o aparato policial repressivo que implementa sua política de extermínio, afirmando que "erros podem acontecer" e deixando "à disposição" das famílias o Judiciário, o mesmo manteve preso por 8 meses sem prova alguma o DJ Renan da Penha e que cotidianamente encarcera em massa a população negra e pobre.

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Para justificar a ofensiva contra a população negra, Witzel e governadores da extrema-direita utilizam como pretexto a "guerra às drogas" e à criminalidade. Porém, esta política assassina está a serviço de aprofundar o racismo estrutural, invadindo favelas e assassinando trabalhadores, jovens e crianças, que ficam em meio ao fogo cruzado.

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A violência deliberada se aprofundam quanto mais avança a crise capitalista, uma vez que Bolsonaro e Witzel avançam para fazer com que a conta desta crise seja paga pelos trabalhadores e pela juventude, atacando direitos trabalhistas, previdenciários, destruindo a saúde e a educação gratuita e colocando a repressão armada nas portas de suas casas.

A saída para o problema concreto do tráfico de drogas não está em invadir as periferias em operações policiais fazendo escorrer sangue negro pelos morros cariocas. É necessário batalhar pela legalização de todas as drogas,




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