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A ''DEMOCRACIA PLENA DE MICHEL TEMER'' | Para Temer, os ataques geram incompreensões que são típicas da democracia plena

domingo 30 de abril de 2017 | Edição do dia

Em discurso para os amigos grandes empresários durante o lançamento do centro Cultural Japan House em São Paulo, Temer defendeu mesmo sob alvo de protestos e de uma greve geral, os ataques aos direitos trabalhistas. Em suas palavras ’’Acabei de transmitir ao vice-primeiro ministro as reformas fundamentais que nós estamos fazendo no Estado brasileiro entre elas a trabalhista - que gera, num primeiro momento incompreensões, contestações, mas que são típico da democracia plena que nós vivemos no país’’.

A democracia de Temer é a democracia dos grandes empresários e banqueiros. Por isso que os interesses dos trabalhadores e dos demais setores populares da sociedade não passam apenas de incompreensões. Uma grande prova viva disto é que ele está preocupado em fazer declarações para os grandes investidores. No seu discurso, podemos ver que a ’’democracia plena’’ de Temer é privatista e entreguista ’’Lanço esta mensagem especialmente para os investidores brasileiros e japoneses. para dar tranquilidade e a segurança de que nós estamos desobstruindo os caminhos da economia para alcançar a tranquilidade de todo o povo brasileiro e especialmente eliminar o desemprego’’.

Na intervenção de Temer caberia fazer uma observação bastante pertinente. Em primeiro momento, logo após acontecer a greve geral do dia 28, o governo disse que o movimento foi fraco e que trabalhador real não aderiu. Agora muda de discurso e afirma que os trabalhadores que paralisaram e saíram às ruas contra os ataques não compreendem o momento que o Brasil está passando.

Para dar tranquilidade os ’’investidores brasileiros e japoneses’’, inúmeras manifestações que ocorreram no dia 28 foram brutalmente reprimidas pela polícia. Para Temer, os trabalhadores são incapazes de compreender os ataques que estão em curso e para entenderem o lado da corja de políticos corruptos cheios de privilégios, merecem ser reprimidos. Ou seja, quando interesses dos banqueiros, dos grandes empresários, dos políticos e ministros privilegiados está em jogo, e a força da classe trabalhadora entrou em cena, vale tudo para controlar a revolta e avançar nas reformas.

Temer prefere ignorar, intencionalmente, em defesa dos interesses dos ricos empresários, que se os trabalhadores e a juventude sai às ruas contra as reformas da previdência e trabalhista, contra a terceirização, é porque entendem muito bem que seus direitos estão em jogo. Compreendem qual prejudicial será essa reforma para os milhões de trabalhadores brasileiros.

Em sua fala, Temer enfatiza que ’’As instituições aqui, senhor vice-primeiro ministro, funcionam normalmente e o brasileiro é otimista sem pessimismo em nenhum momento", e complementa ’’Por isso dizemos que aconteça o que acontecer, haja protestos ou não haja protestos, o Brasil continua e continuará a trabalhar’’. Temer está falando do congresso que tem grande maioria de seus membros investigado na Lava Jato.




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