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CRISE NO RIO | Para Justiça do Rio de Janeiro atrasos de salário é “mero aborrecimento”

segunda-feira 10 de julho de 2017 | Edição do dia

O Governo do Estado do Rio de Janeiro vem atrasando sistematicamente os salários dos servidores ativos e inativos, alegando ser efeito da crise econômica e endividamento do Estado.

Os servidores por sua vez se mobilizam para receber seus salários. Além das mobilizações, campanha e atos de rua, cerca de 30 ações individuais estão sendo movidas na justiça pedindo indenização devido a danos morais. A absurda resposta dos juízes tem sido negar as ações alegando que os atrasos salariais são “meros aborrecimentos” e não produz nenhum tipo de constrangimento moral ou efeito psicológico aos trabalhadores.

Os atrasos vêm se repetindo desde 2015. O décimo terceiro de 2016 já chegou a acumular seis meses de atraso. Os pagamentos são parcelados e a data de pagamento e os valores não são respeitados. Segundo o advogado responsável pelos processos a exigência por danos morais gira em torno de 12 mil reais.

Para os servidores públicos têm significado atrasos no pagamento das contas da casa, endividamento para suprir as necessidades básicas da família e a total incerteza sobre as condições materiais de vida e a perspectiva de futuro.

Tudo isso é um “mero aborrecimento” para os privilegiados juízes do Rio de Janeiro, tornando evidente a distinção de classe entre o judiciário brasileiro, uma das castas de juízes mais bem pagas do mundo, em relação ao restante dos servidores públicos e dos trabalhadores comuns. O próprio atraso dos salários também é fielmente seletiva a favor desta casta, salvando os altos salários, pois os juízes vem recebendo em dia, e o Estado cortando daqueles que recebem menos como professores e funcionários da saúde.




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