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REFORMA DA PREVIDÊNCIA | Para Guedes, reforma que tira nosso direito à aposentadoria é “o melhor dos mundos”

Neste domingo, após a vitória do Brasil na Copa América, o ministro Paulo Guedes, acompanhando o presidente Bolsonaro, anunciou que essa semana promete “o melhor dos mundos” com a votação, e provável aprovação, do projeto da reforma da previdência.

segunda-feira 8 de julho de 2019 | Edição do dia

Após a final da Copa América e vitória do Brasil por 3 a 1 do time peruano, neste domingo, 07, o ministro Paulo Guedes comentou ao jornal O Globo: “Espero que nesta semana tenhamos o melhor dos mundos: o Brasil já é campeão, falta só a aprovação da reforma da Previdência”.

Reunidos para assistir à final no estádio do Maracanã, o presidente Bolsonaro, os ministros Sérgio Moro, Tarcísio de Freitas e o general Augusto Heleno, aguardam ansiosamente pelo o que Guedes chama de “o melhor dos mundos”, a aprovação de uma reforma que sela o fim do nosso direito ao futuro.

A proposta de reforma da previdência foi aprovada na Comissão Especial na última quinta-feira, 04, ficando agora a cargo da Câmara, em que o presidente, Rodrigo Maia, já afirmou que os debates terão início nesta terça-feira, 09, confirmando as perspectivas de que se votem o projeto muito em breve.

A proposta de reforma que será votada contém adendos, acordos e modificações que agradam à maioria do Congresso e partidos políticos, aumentando a probabilidade de que seja aprovada. Este projeto determina uma nova idade mínima para poder se aposentar, 62 anos para mulher e 65 para homens, mediante comprovação de que houve contribuição ao INSS por três décadas inteiras. Isso em um país e realidade que a maioria da população não conta com trabalhos formais e carteira assinada.

Em um país onde 30% dos jovens estão desempregados e o trabalho formal só vem diminuindo, determinar uma idade mínima mais alta e, não suficiente, determinar a necessidade de contribuição por décadas demonstra como na prática, esta reforma vem para selar o destino da maioria da classe trabalhadora e da juventude: morrer trabalhando ou trabalhar até morrer.

Para eles, a aprovação da reforma da previdência é o cenário do “melhor dos mundos”, para nós, é aprofundar as desigualdades, a exploração e precariedade. Frente à crise econômica, as contas do país não fecham por causa da dívida pública, das trocas de favores e da estrutura de um regime que existe para favorecer pequenas minorias e o capital. Pois nossas vidas valem mais que os lucros e interesses deles!




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