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MULHERES NEGRAS E MARXISMO | Pão e Rosas convida as professoras para o lançamento do livro Mulheres Negras e Marxismo

O livro Mulheres Negras e Marxismo das Edições Iskra, organizado por Letícia Parks, Odete Assis e a professora Carolina Cacau será lançado nessa sexta-feira (26), às 19 horas. A transmissão será pelo Youtube no canal do Esquerda Diário e contará com a presença das organizadoras e de Andrea D’Atri, Renata Gonçalves e Mirtes Renata.

terça-feira 23 de março de 2021 | Edição do dia

O grupo internacional de mulheres Pão e Rosas e o Movimento Nossa Classe Educação convidam toda comunidade escolar para o lançamento do livro Mulheres Negras e Marxismo das Edições Iskra. O lançamento será nessa sexta-feira (26) às 19 horas. A transmissão será pelo Youtube no canal do Esquerda Diário e contará com a presença das organizadoras livro Letícia Parks, Odete Assis e Carolina Cacau. Além da participação especial de Andrea D’Atri – fundadora do Pão e Rosas na Argentina, Renata Gonçalves – professora da UNIFESP e Mirtes Renata – mãe de Miguel lutadora incansável por justiça a seu filho morto pela negligência da Sari Corte Real.

Trata-se de uma importante contribuição para um tema fundamental: a luta das mulheres negras diante da relação de exploração e opressão encarniçada na sociedade capitalista. Conforme afirmou Odete Assis em entrevista ao Esquerda Diário, “é fundamental resgatar a história das mulheres negras, das lutadoras que vieram antes de nós. A historiografia oficial, feita pelos intelectuais, acadêmicos, professores ligados à burguesia, faz questão de apagar qualquer rastro de nossa história de luta. Difundem mitos absurdos, como de que os negros teriam sido escravizados em lugar dos povos indígenas por sua “docilidade” e “aptidão para o trabalho”. Criam caricaturas grotescas de grandes guerreiros negros, como sobre Zumbi dos Palmares. No governo de Bolsonaro, esses absurdos cresceram muito, com o próprio presidente da Fundação Zumbi dos Palmares, Sérgio Camargo, servindo como porta-voz das falsificações históricas mais absurdas. A história de luta, de resistência, de insubmissão do povo negro e das mulheres é imensa, riquíssima”.

É, portanto, um livro de combate que se coloca na tarefa de refletir a questão negra no país com a maior população negra fora da África, no qual o trabalho precário tem a cara das mulheres negras. Discussão que assume demasiada importância para as professoras e professores, uma categoria majoritariamente feminina, que amarga nas suas escolas a precarização do trabalho estampada, principalmente, no trabalho terceirizado da limpeza e da merenda, que tem rosto de mulher negra. Mulheres que inclusive, desgraçadamente, em meio à pandemia diante do negacionismo de Bolsonaro e da demagogia do regime do golpe foram obrigadas a seguir trabalhando, aumentando, portanto, o risco da contaminação ou foram demitidas conforme denunciamos no Esquerda Diário.

Diante da miséria que o capitalismo nos relega nos agarremos nas fortalezas da história da classe trabalhadora e dos setores oprimidos rumo a nossa emancipação. Por isso, e não à toa, afirmamos que se trata de um livro de combate. A pandemia escancarou da forma mais cruel e perversa como esse sistema só pode nos oferecer miséria e mortes. Nossa classe e a juventude merecem uma vida que valha a pena ser vivida. Venha fazer parte desse debate. Convide seus estudantes e a comunidade escolar de conjunto para participar do lançamento do livro Mulheres Negras e Marxismo!

Além do lançamento do livro Mulheres Negras e Marxismo, o Campus Virtual Esquerda Diário irá promover um curso online totalmente gratuito com a Letícia Parks. O curso, com início em 06 de abril e término em 27 de abril, abordará conceitos chave para a construção de um pensamento marxista sobre a questão negra e de gênero.




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