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PARALISAÇÃO NACIONAL | Panorama do Rio de Janeiro no 29 de Maio

Val LisboaRio de Janeiro

sexta-feira 29 de maio de 2015 | 12:30

O 29 de Maio – Dia de Paralisação Nacional contra as MP 664 e 665, os ajustes fiscais e o PL 4330 – no Rio de Janeiro, assim como o 15 de Abril, não se caracterizou como um dia de “greve geral” ou sequer de contundente paralisação dos principais serviços e transportes públicos, mas teve importantes manifestações, demonstrando que os trabalhadores e a juventude têm disposição de lutar para não pagar a crise capitalista.

Não surpreende, já que as direções sindicais das principais centrais não preparam essa jornada para que resultasse num verdadeiro e ativo dia de paralisações nas principais da cidade. Não organizaram assembleias, reuniões ou plenárias que mobilizassem as bases trabalhadoras e coordenasse as diversas categorias para mostrar a força da classe trabalhadora contra o governo Dilma, o Congresso nacional, os governos Pezão e Paes e os empresários que impõem ajustes fiscais, cortes de verbas para a educação, saúde e serviços sociais, retirada de direitos trabalhistas, queda do poder aquisitivo mediante a desvalorização do real e a inflação e as demissões.

As mobilizações ficaram restritas a algumas categorias de trabalhadores, com paralisações parciais e, principalmente, propostas de atos públicos ao final do dia. Na Candelária, a partir das 15 horas está agendado um ato público.

Estudantes da UERJ, que estão mobilizados contra os cortes de verbas, não pagamento dos terceirizados e truculência da reitoria, têm encontro previsto para as 16h, no CCCBB (Centro Cultural Banco do Brasil). Devem se unificar nos atos previstos para o final da tarde, estudantes da UFRJ e Unirio que paralisam os cursos.

Cerca de 950 portuários da Companhia Docas cruzaram os braços nos quatro portos do Rio, Niterói, Itaguaí e Angra dos Reis, até o meio-dia, como parte de sua campanha salarial, exigindo 14% de reajuste contra os 10% oferecidos pela empresa. Algumas manifestações aconteceram em frente aos Correios na Cidade Nova, Praça XV (barcas), Usina Termoelétrica Barbosa Lima Sobrinho e em frente ao Edise (sede da Petrobras).

O Sindipetro-RJ, no qual participam da direção ativistas do PSTU e da CSP-Conlutas, orientou a interrupção do trabalho por oito horas no Terminal da Baía de Guanabara, na Ilha do Governador.

Professores do campus da Universidade Federal Fluminense (UFF) em Rio das Ostras, na região dos Lagos, realizarão ato político nesta sexta-feira, além de panfletagem na Rodovia Amaral Peixoto. O sindicato dos professores (Sintuff) decretou greve a partir de ontem (28), como parte das greves das universidades federais.

Em Seropédica, base do Sindipetro-RJ, houve atraso na entrada do turno até as 10h na termelétrica da Petrobras.

Em Caxias, o Sindipetro-Caxias paralisou a entrada na refinaria, no terminal de Campos Elíseos e Terméletrica Governador Leonel Brizola, por cerca de três horas, nesta manhã. No começo da concentração na refinaria a polícia militar, sob ordens da direção da Petrobras, reprimiu a manifestação e prendeu o presidente do sindicato, liberado logo depois. Em protesto, vários petroleiros propuseram à direção sindical estender a paralisação da refinaria por 24 horas, mas os dirigentes da CUT se negaram a sequer colocar em votação essa justa medida contra a repressão ao direito de lutar contra o governo Dilma e seus ajustes. Esta foi uma clara demonstração de como essa direção sindical está atrelada ao governo Dilma e impede de todas as formas que o descontentamento dos trabalhadores se expresse em medidas ativas e efetivas de luta.

No norte, em Macaé, foi fechada a base petroleira de Imbetiba.




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