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Paes e Pedro Paulo terão 48h para se explicar sobre entrega de casas

Assessoria de Paes disse que entrega de casas ocorreu antes do período eleitoral, mas fiscais do TRE-RJ podem ir ao local para tentar encontrar a mulher que aparece no vídeo.

terça-feira 30 de agosto de 2016 | Edição do dia

O modo PMDB de fazer política viralizou e deixou muita gente revoltada com o vídeo de Eduardo Paes dizendo que mulher negra tinha que “trepar muito”. O vídeo escancara o machismo, racismo, clientelismo e corrupção por parte de Paes. O político acostumado a pisar nos setores oprimidos, trabalhadores, negros e mulheres da cidade carioca, teve sua imagem vazada em uma inauguração de obra, junto ao agressor de mulheres Pedro Paulo, enquanto fazia o de costume: entregava uma casa em troca de votos na comunidade, usando dos recursos do estado para fazer campanha eleitoral.

VEJA AQUI O VÍDEO:

O juiz Marcelo Rubioli deu 48h para Paes e Pedro Paulo darem explicações quanto às imagens do vídeo. Caso a inauguração das casas tenha sido feita há semanas atrás, como afirmam algumas fontes, Pedro Paulo terá infringido o artigo 77 da Lei Eleitoral, que proíbe a participação de candidatos em inaugurações de obras públicas a menos de três meses do pleito. A pena para Pedro Paulo seria de cassação do registro do candidato e inelegibilidade por 8 anos, mesma pena para Eduardo Paes caso seja comprovado, por improbidade administrativa.

A mulher identificada como “Rita” irá processar Paes. Rita apareceu no vídeo tão constrangida pela opressão de Paes que só consegue responder dizendo “vou fechar a minha porta”. Após a proporção tomada pelo vazamento das imagens, e o repúdio à Paes nas redes sociais, o advogado de Rita foi às CBN afirmar que processará o político em uma ação penal e outra de responsabilidade civil.

Paes declarou que a inauguração ocorreu fora do período eleitoral, mas fiscais do TRE-RJ podem ir ao local para tentar encontrar a mulher que aparece no vídeo. Como de costume, Paes e Pedro Paulo tem os melhores advogados, os mesmos responsáveis por defender Pedro Paulo no caso em que agrediu sua ex mulher, e seu partido detém toda a máquina municipal. Sua aliança com os empresários é o que permite ter este poder de opressão, usando das migalhas do clientelismo para tentar comprar os votos das pessoas mais pobres e em situação vulnerabilidade. Apesar de todo este poder, o candidato de Paes está em quinto colocado em todas as pesquisas, mostrando que o Rio de Janeiro não agüenta mais o modo PMDB de fazer política.

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Por isso, nestas eleições, fortalecer #UmaVozAnticapitalista contra os privilégios destes políticos e com independência dos patrões, porque mesmo com a mentirosa “reforma política”, continuam conseguindo financiamento dos patrões. As campanhas de Pedro Paulo e muitos outros políticos tão clientelistas quanto estes continua sendo financiada pelos empresários que vão lucraram nos governos do PMDB, enquanto que para os candidatos da esquerda há a censura, se diminuiu o tempo de TV, se dificulta o auto-financimento das campanhas pelos próprios trabalhadores, ou ainda se confisca os materiais de campanha por questões mínimas como os milímetros a mais no tamanho dos panfletos.

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Exigir que todo político ganhe o mesmo que uma professora e possa ser revogável por aqueles que o elegeram é fundamental para que a política não seja uma forma de enriquecimento e corrupção, dando um voto na saída política dos trabalhadores e oprimidos para estas eleições do Rio de Janeiro.

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