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Mobilização | Pablito: “As centrais sindicais devem parar o país para arrancar justiça por Dom e Bruno”

O trabalhador da USP e dirigente do MRT declarou que diante da confirmação do assassinato de Dom e Bruno é urgente que as centrais sindicais convoquem uma grande mobilização nacional da classe trabalhadora, seguindo o caminho dos indígenas para com a força da nossa luta arrancar justiça por Dom e Bruno com uma investigação independente e enfrentar a destruição da Amazônia.

sexta-feira 17 de junho de 2022 | Edição do dia

Depois de quase 9 dias desaparecidos e uma campanha com repercussão internacional, a polícia finalmente confirmou que os corpos de Dom Phillips e Bruno Pereira foram encontrados. Diante disso, Marcello Pablito, trabalhador da USP, dirigente do MRT e pré-candidato nessas eleições declarou:

Quero em primeiro lugar me solidarizar com os familiares e amigos de Dom e Bruno, imagino a dor que devem estar sentindo nesse momento. Essa dor é compartilhada por milhares de pessoas que em todo país não suportam mais ver como esses amigos de Bolsonaro e dos militares estão avançando para destruir a Amazônia e os povos indígenas, assassinando e perseguindo os que se contrapõem a esse projeto, como foi com Dom e Bruno. Queremos que os culpados sejam responsabilizados e exigimos justiça, por isso, defendemos que as centrais sindicais deveriam parar o país e junto à luta indígena exigir uma investigação independente com organismos de direitos humanos, sindicatos e universidades, com todo o suporte necessário para descobrir os mandantes e punir todos os envolvidos. Sabemos que Bolsonaro, os militares, os deputados da bancada ruralista, a boiada de Ricardo Salles, cria de Geraldo Alckmin, e todas as instituições desse regime e o Estado sempre atuaram em favor daqueles que exploram a Amazônia também são responsáveis.

Nesse momento é mais que necessário que centrais sindicais, como a CUT e CTB, rompam com sua paralisia eleitoral e convoquem um grande dia de mobilização, parando os locais de trabalho, as universidades e as escolas, atacando os lucros capitalistas e colocando a força organizada da nossa classe em aliança com os indígenas que bravamente se mobilizaram em defesa de Dom e Bruno, para arrancar justiça. Essa mobilização seria um enorme ponto de apoio para exigir todas as condições de que seja levado a frente uma investigação independente, já que não podemos confiar na Polícia Federal, a mesma que fez uma câmara de gás à luz do dia para assassinar Genivaldo e tem suas mãos sujas com sangue negro, indígena, dos trabalhadores e defensores do meio ambiente. É urgente darmos uma resposta da nossa classe diante desse brutal assassinato, honrando o histórico de luta de Dom e Bruno ao se enfrentar com os capitalistas, os governos e as instituições que sempre defenderam os interesses do agronegócio e das empresas capitalistas que exploram a Amazônia.




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