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MARIELLE, PRESENTE! | PM e vice-presidente da OAB de Salto fazem piada machista com assassinato de Marielle

Cabo da Polícia Militar e vice-presidente da OAB de Salto usam morte de Marielle Franco, assassinada à tiros este ano, como chacota na página da hamburgueria que vendia produto chamado "Maria da Penha" com "repOLHO ROXO". Citam azeitonas em referência aos tiros que mataram Marielle.

quinta-feira 29 de novembro de 2018 | Edição do dia

Uma hamburgueria gerou ampla revolta nas redes sociais ao fazer chacota para vender seus produtos em cima de um tema de seríssima importância: violência contra as mulheres. Viralizou nas redes uma imagem que mostrava que um dos lanches vendidos por essa hamburgueria que leva o nome de "Maria da Penha" e fazia um trocadilho com a presença do ingrediente "repOLHO ROXO".

Entenda melhor: Hamburgueria faz piada com a violência das mulheres, batizando sanduíche com ’repOLHO ROXO’ de Maria da Penha

É em meio à esta polêmica e uma situação reacionária enfrentada pelo país, que hoje tem como presidente eleito um indivíduo com amplo histórico de machismo, racismo e LGBTfobia declarados, que um cabo da Polícia Militar e o vice-presidente da OAB de Salto resolveram fazer um comentário misógino nas redes sociais envolvendo a vereadora do PSOL assassinada no Rio de Janeiro em março deste ano. O cabo, chamado Jonatas Guedes, comentou: ""Quero o X-Marielle".

Marielle Franco, morta à tiros em março deste ano.

O caso de Marielle, que repercutiu violentamente nas redes sociais, gerando até mesmo comoção internacional, é um usado pela escória da extrema-direita como brincadeira, principalmente por se tratar de uma mulher, negra, lésbica e de esquerda. O vice-presidente da OAB, Flávio Garcia, logo em seguida comentou: "Com muitas azeitonas?", uma gíria conhecida para se tratar de projéteis, ou seja, balas.

Marielle Franco morreu com quatro tiros próximos à sua cabeça, em uma movimentada rua do Rio de Janeiro, e o caso até hoje continua sem respostas. Investigações já revelaram que pode até mesmo ter envolvimento de milícias cariocas. Marielle era muito conhecida por denunciar a violência sofrida pelo povo carioca nas favelas, fruto da repressão do Estado e de seus aparatos repressivos, como a polícia e o exército, além da milícia.

Não é a primeira vez que a direita avança para atacar o caso brutal de Marielle: O asqueroso membro do PSL, Rodrigo Amorim, eleito com milhares de votos, pousou ao lado de outro candidato do PSL quebrando a placa em homenagem à Marielle Franco. O fortalecimento da extrema-direita, que hoje se sente livre para colocar o que há de mais reacionário por todos os cantos, motivado pela eleição de Jair Bolsonaro, não pode intimidar todos aqueles que rechaçam essas manifestações que atentam diretamente contra a classe trabalhadora, o povo pobre, negro, mulheres, LGBTs e militantes de esquerda.

Veja aqui: http://www.esquerdadiario.com.br/Candidatos-do-partido-de-Bolsonaro-tiram-foto-rasgando-placa-com-nome-de-Marielle-Franco

Essas situações, que expõe o que há de mais asqueroso nesse setor deve levantar toda a disposição e ódio para enfrentá-los nas ruas e em cada local de trabalho e estudo, construindo comitês de base, para combater cada expressão de intolerância e reacionarismo, colocando a suas forças nas ruas.




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