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INVASÃO DA PM | PM e Forças Armadas voltam a invadir a favela da Rocinha

Na manhã desta terça-feira, 10, a PM e as Forças Armadas voltam a invadir e fazer nova operação na Favela da Rocinha, deixando feridos com "bala perdida".

terça-feira 10 de outubro de 2017 | Edição do dia

Menos de duas semanas após a última invasão, a PM e as Forças Armadas voltam a fazer ações na Favela da Rocinha. São cerca de 550 militares do exército e 550 policiais militares no local com a justificativa de "Guerra às Drogas".

O cerco policial não tem sido sinônimo de segurança na comunidade. A última operação que acabou dia 29/09 não atuou para a suposta "diminuição da violência".

Segundo pesquisas, em 25 anos de operações militares, a violência no Rio de Janeiro não diminuiu.

As grandes mídias naturalizam as invasões e mortes que acontecem nas favelas, corroborando com o discurso de uma suposta "guerra às drogas". Enquanto isso, muitas pessoas, principalmente jovens e negros, são assassinadas e desaparecem pelas mãos do Estado sem julgamento aos militares envolvidos. Nesta operação, um homem foi baleado no ombro por uma "bala perdida" e ao levado ao hospital.

Pesquisas do Data Folha mostram que a maioria da população considera a polícia civil e militar pouco ou nada eficientes e mais da metade consideram que não viram diferença após a entrada das UPP’s.
Um terço da população também acha que os policias são corruptos e que colaboram com o tráfico.

São também as Forças Armadas as responsáveis hoje pelo o tráfico de drogas nas fronteiras brasileiras. Com o contingente de militares nas fronteiras e o investimento na manutenção da suposta "Guerra às Drogas", vemos que é enorme a quantidade de drogas traficadas no Brasil. Há, inclusive, casos noticiados em que caminhões do exército foram usados para transportá-las, junto a armas. São esses mesmos militares que estão hoje promovendo ações nas comunidades do Rio de Janeiro.

O Estado é responsável pelo tráfico, pelo assassinato e desaparecimento da população negra e pobre nas comunidades e pelo aumento da violência no Rio.




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