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CORRUPÇÃO NA RECEITA ESTADUAL | PGR pede investigação contra Beto Richa

Allan CostaMilitante do Grupo de Negros Quilombo Vermelho - Luta negra anticapitalista

quarta-feira 3 de fevereiro de 2016 | 00:30

O governador do Paraná, Beto Richa do PSDB, foi indicado para investigação pela Procuradoria Geral da República por envolvimento em um esquema milionário de desvio de dinheiro da Receita Estadual para a campanha eleitoral do tucano em 2014. O caso seguiu para análise do Supremo Tribunal de Justiça, que pode arquivar o caso sem que a investigação seja feita.

A denúncia obtida por meio da chamada "Operação Publicano" do Ministério Público do Paraná, dá conta de que mais de 4,3 milhões de reais teriam sido arrecadados por ficais e auditores em forma de propinas e foram destinados para a campanha de reeleição de Beto Richa num esquema muito maior que movimentava cerca de R$750 milhões, dezenas de auditores e que era orquestrado por Luiz Abi Antou, parente do governador.

Beto Richa se pronunciou sobre o pedido de investigação da PGR na tarde de ontem (2), se disse confiante na justiça em solucionar a questão e afirmou cinicamente que "Isso eu não aceito. Sempre tivemos esse cuidado de aceitar dinheiro para a campanha de origem lícita e sempre prestando contas de todos os recursos que ingressam na campanha".

A confiança de Richa na justiça é bastante fácil de entender, uma vez que o governador é uma das principais figuras do PSDB, partido fortemente blindado pela mídia e pela justiça burguesa;

Vale lembrar da histórica greve de professores estaduais do Paraná de 2015, onde o governo Richa, frente à enorme determinação da categoria, arquitetou cenas brutais de repressão contra os os docentes que reivindicavam melhores condições de trabalho. O Massacre da PM de Beto Richa, apesar de ter causado uma enorme comoção nacional, nada causou ao governador responsável.

O PSDB de Richa também está envolvido em casos de corrupção em outros estados, como o do Cartel do Metrô de SP via Geraldo Alckmin e José Serra, e esquemas milionários nas Furnas em MG pela figura de Aécio Neves. Isso só para citar alguns exemplos.
A decisão do STJ sobre a investigação foi adiada apenas para depois do carnaval.




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