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LAVA JATO | Odebrecht é acusada de pagar R$8 milhões para membro do FI-FGTS

segunda-feira 13 de março de 2017 | Edição do dia

Em delação premiada da Lava Jato, Fernando Reis ex-presidente da Odebrecht Ambiental, relatou que a construtora pagou R$ 8 milhões como "consultoria" ao um membro do comitê do Fundo de Investimento do FGTS (FI-FGTS) André Luiz de Souza. De acordo com a Folha de São Paulo, o objetivo era que ele ajudasse a empresa a captar R$650 milhões vindos deste fundo de investimento. André Luiz de Souza foi indicado pela Central Única de Trabalhadores (CUT) e fazia parte do grupo de apoio permanente que assessora o comitê de investimento do FI-FGTS.

Segundo a delação, a Odebrecht teria contatado Souza em 2008, quando a empresa estava apresentando um projeto preliminar para consolidar o investimento necessário para a expansão da Odebrecht na área ambiental, a Odebrecht Ambiental, que tinha sido criada recentemente. O comitê do FI-FGTS solicitou uma proposta formal para o plano de investimento e a Odebrecht contratou consultores para estruturar a proposta. Um desses consultores era Souza. Os R$8 milhões seriam pagos quando o negócio entre a Odebrecht e o FGTS estivesse concluído, o que ocorreu em setembro de 2009 quando o FI-FGTS comprou 25% da Odebrecht Ambiental por R$ 650 milhões.

Esse escândalo se da após o presidente golpista Michel Temer liberar o saque dos valores de contas inativas do FGTS supostamente para ajudar os trabalhadores a enfrentar a crise. Na verdade, uma medida que beneficia os banqueiros e movimenta a economia usando os recursos dos trabalhadores para, assim, buscar amenizar a insatisfação com o governo golpista. Essa medida vem junto com outros ataques que pretendem precarizar ainda mais a vida dos trabalhadores em meio a uma situação de crise econômica e social no Brasil.




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