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O voto nada secreto de Gebran Neto: Moro é perfeito, nada merece nenhum reparo

quarta-feira 24 de janeiro de 2018 | Edição do dia

Neste momento (11:32), Gebran Neto já terminou de ler seu julgamento sobre as medidas preliminares da defesa de Lula e iniciou o julgamento do mérito da ação: a condenação por lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
As medidas preliminares em julgamento dizem respeito a suspeição, evidente, dos procedimentos e da própria suposta imparcialidade de Sérgio Moro, as medidas preliminares também questionam se Moro teria jurisdição para o julgamento inicial. Como previsto, o desembargador que é conhecido por elogios públicos e rasgados ao curitibano concordou e louvou absolutamente tudo que Moro fez.

A frase que nomeamos o artigo não foi dita explicitamente pelo desembargador, mas ficou expressa em cada frase pronunciada pelo magistrado. Desde a concordância com os claros juízos políticos (e não jurídicos) feitos pelo juiz de Curitiba até mesmo a crítica a condução coercitiva não encontrou reparos do desembargador. Segundo ele “a condução é coercitiva, o depoimento não”, o direito a ficar calado é o que a lei garante, ser arrancado de casa sem nunca ter sido convocado pela justiça não seria abuso de autoridade.

Os procedimentos repressivos, arbitrários da Lava Jato são aplaudidos por Gebran. Não é de se estranhar, tal como o Ministério Público e Sérgio Moro o juiz do TRF-4 é uma adepto de rasgar a Constituição e subverter a presunção de inocência. Vejamos o perfil do desembargador segundo a Veja (!) veículo nada suspeito de ser crítico a Lava Jato como este Esquerda Diário:

Dos três desembargadores, Gebran também é o que mais recorre a teorias jurídicas estrangeiras, como a doutrina da cegueira deliberada, segundo a qual um réu pode ser condenado por aquilo que escolheu não enxergar. Ele costuma definir a Lava Jato como uma operação que investiga um esquema de dimensões “amazônicas” de corrupção e considera que os depoimentos de vários delatores apontando contra um réu podem ser o suficiente para condená-lo, mesmo que não haja provas materiais mais concretas de culpa, como documentos, vídeos e gravações.

Por vezes, o relator é contestado em virtude de sua amizade com Moro. Ele já negou ser padrinho de algum dos filhos do juiz federal, boato que classificou como “especulação midiática”, mas sempre admitiu ser próximo do magistrado. Em uma de suas obras jurídicas, João Pedro Gebran classificou Moro como “homem culto e perspicaz” e disse que encontra nele “um amigo”. Sobre as críticas de que sua amizade afetaria seus julgamentos, ele ponderou: “Eventual amizade entre julgadores de primeiro e segundo graus de jurisdição não provoca suspeição”.

A amizade de Gebran com Moro não é exclusividade dele, justiça seja feita, outro desembargador Leandro Paulsen dá aulas junto de Moro. Isso é o que sabe, seguramente há mais estórias e histórias ocultas debaixo do manto cada vez mais transparente de uma justiça que escancara sua parcialidade e arbitrariedade.




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