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RACISMO | O racismo das idiotices "histéricas" de Cesar Benjamin, Secretário de Educação de Crivella

Marcello Pablito Trabalhador da USP e membro da Secretaria de Negras, Negros e Combate ao Racismo do Sintusp.

quarta-feira 22 de novembro de 2017 | Edição do dia

Como noticiado aqui no Esquerda Diário, no último dia 20, em pleno dia da Consciência Negra, o secretário de Educação do Rio, Cesar Benjamin, postou que queria “que as raças se fodam”. Hoje, replica em página de rede social uma entrevista com o Estadão, aprofundando sua visão racista.

Benjamin afirma que o “sistema de valores que a sociedade brasileira escolheu não legitima o racismo”. Essa posição profundamente reacionária é recheada com adjetivos típicos dos racistas. Qual é esse sistema de valores “escolhido” pela sociedade brasileira? Que sociedade brasileira? Nós vivemos em uma sociedade de classes, onde o racismo se articula com a exploração. As mulheres negras recebem 60% a menos do que homens brancos; os negros estão nos piores postos de trabalho, que pagam menos e são mais perigosos. O negro é o “suspeito padrão” da polícia. Esse é o “sistema de valores” imposto pela burguesia.

Benjamin é membro do governo de Crivella, o mesmo que vem reprimindo a cultura negra na cidade do Rio e que transformou seu governo num banco de negócios de sua Igreja. É parte do governo que reprime a assassina sistematicamente a juventude negra. Quando Benjamin diz que quer que “as raças se fodam” ele tá dizendo que quer que “os negros se fodam”. Quando diz que a denúncia do racismo feita por Taís Araújo é “histeria”, ataca os negros e as mulheres, inclusive se referindo de maneira pejorativa a uma patologia social.

O dia da Consciência Negra incomoda muita gente. Incomoda porque é símbolo da nossa luta, da nossa resistência da nossa ousadia. Incomoda porque carregamos Zumbi no peito e toda a história de luta do nosso povo. Incomoda porque lutamos contra esse “sistema de valores” que Benjamin tanto adora. Não vão nos calar!!

Estou muito feliz por ter sido parte do surgimento do Quilombo Vermelho com mais de 400 pessoas no último dia 18. Vamos combater o racismo e o capitalismo, desde uma perspectiva de independência de classe e junto aos trabalhadores brancos e todos aqueles que entendem que o racismo é uma expressão perversa do capitalismo.




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