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REESTRUTURAÇÃO ESCOLAR | Novos atos contra a reorganização escolar em Marília/SP

Na última quarta-feira (21/10) ocorreu na Zona Sul de Marília importante ato na E.E. Sylvia Ribeiro contra a reorganização escolar de Alckmin e Herman. O ato chamado pelos professores do Comando de Mobilização da Apeoesp, contou com a adesão massiva dos estudantes, que agora chamam nova manifestação para segunda-feira (26/10).

domingo 25 de outubro de 2015 | 01:52

Os moradores dos arredores da E.E. Sylvia Ribeiro na Zona Sul puderam presenciar por volta de 100 jovens junto a professores gritarem palavras de ordem como “Governador não vai passar, a nossa escola você não vai fechar”, “Governador a culpa é sua, hoje a aula é na rua”, “Não é mole não, fecham escolas para abrir prisão”. Os mesmos gritos puderam ser ouvidos na mesma semana em ato em Pompéia/SP (cidade vizinha que pertence à mesma diretoria de Ensino), que você pode conferir a notícia aqui e o vídeo aqui.

Durante toda a semana os professores do Comando de Mobilização da Apeoesp passaram nas escolas da Zona Sul panfletando e fomentando discussões entre os professores nos intervalos de aula. O ato ocorrido na quarta-feira contou com a adesão dos estudantes da E.E. Sylvia Ribeiro que se indignaram com o anúncio do fechamento do Ensino Médio em sua escola. Os alunos terão que estudar em escolas muito mais distantes, aqueles que trabalham durante todo o dia e estudam a noite terão muita dificuldade em se adequar a esta “reorganização”, com grande risco de evasão escolar. Com o aumento da tarifa de ônibus na cidade, aliado a elevação de preços de itens de supermercado, do gás, e a elevação do desemprego entre a juventude, as condições de vida ficam cada vez mais precárias aos jovens da Zona Sul de Marília.

Ainda que as informações não tenham sido publicadas oficialmente, circula a previsão de que na Zona Sul além do fechamento do Ensino Médio no Sylvia Ribeiro, também deve fechar o Ensino Fundamental da E.E. Maria Cecília, e o Ensino Fundamental e noturno da E.E. José Alfredo. Há comentários sobre outras escolas da região sofrerem mudanças, como o Nassib Cury e o Augusto Neto, contudo, até então a Diretoria de Ensino abafa as informações, deixando incertezas em relação a todas as escolas.

Bruna Motta, professora integrante do Professores Pela Base e do Movimento Revolucionário de Trabalhadores (MRT), ajudou a construir este ato, e apontou que: “Esta manifestação mostrou que, assim como os estudantes secundaristas têm feito em todo o estado, em Marília a juventude também não ficará calada diante desta política criminosa de Herman e Alckmin, feita de cima para baixo, sem nenhuma discussão com as milhares de famílias que terão suas vidas afetadas. É importante, contudo, que os professores estejam ainda mais ativos na construção desta luta, aliados aos alunos, que têm sido linha de frente na mobilização. Apesar dos limites que a direção burocrática de nosso sindicado nos impõem, uma vez não tenha interesse de criar uma grande luta nacional efetiva pela educação (já que isto recairia contra o governo federal, o qual a direção da Apeoesp do PT e PCdoB está ligada), a verdade é que esta medida pode significar um ataque profundo aos professores reduzindo cargos (o que causa demissões), e superlotando salas de aula (precarizando as condições de trabalho), devemos nos mobilizar para não deixar a “reorganização” passar. Devemos nos ligar aos estudantes secundaristas e compor ativamente os próximos atos que estão chamando em Marília para barrar os planos terríveis do governo do Estado de São Paulo! Nós do Professores Pela Base, que estamos construindo esta luta nas bases, acreditamos também que “hoje a aula é na rua”, e que estudantes e professores unidos devem erguer a voz!”.

Os estudantes, a partir de grêmios de diferentes escolas, já planejam novo ato em Marília para segunda-feira (26/10) pela manhã, passando por diferentes escolas da Zona Sul, e Oeste, concentrando no centro às 8:25h em frente ao Museu de Paleontologia, para manifestar a posição contrária à reorganização, dando visibilidade ao problema diante da comunidade, e para se somar à pressão popular para barrar esta política do PSDB no governo do Estado de São Paulo.

Estudantes da Unesp que defendem romper os muros da universidade e se ligar às lutas dos secundaristas e trabalhadores também aderiram à mobilização e ao chamado dos professores. Segue vídeo de fala e poesia de Alexandre Supertramp da agrupação Juventude às Ruas e do MRT, rapper e estudante de Ciências Sociais ao final do último ato em frente ao Sylvia Ribeiro:




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