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DESEMPREGO | Nova pesquisa mostra que há 12,8 milhões de desempregados

Dados foram revelados pelo IBGE - do qual Bolsonaro quer retirar recursos - atra´ves da pesquisa PNAD contínua. Apesar da leve queda do índice, da qual Bolsonaro se vangloria, olhar os dados de conjunto nos mostra outra realidade. AInda há 28,4 milhões de subutilizados e A população que se encaixa na categoria de subocupados, aqueles que trabalham menos de 40 horas semanais, bateu recorde atingindo 7,4 milhões de brasileiros. Além disso, grande parte dos empregos criados são extremamente precários.

quinta-feira 1º de agosto de 2019 | Edição do dia

De acordo com dados revelados pelo IBGE o desemprego no país atinge neste trimestre 12,8 milhões de trabalhadores. O número, que apresenta uma leve queda em relação ao trimestre anterior e ao mesmo período do ano passado, não muda estruturalmente o a realidade de milhares de brasileiros e da juventude que segue amargando com o alto índice de desemprego. Além disso, o leve aumento vem acompanhando de uma queda no rendimento da população impactado pelo aumento do número de trabalhadores informais e do índice recorde de trabalhadores por conta própria. É gigantesco também, 4,9 milhões, o número de pessoas que desistiram de procurar emprego, que não possuem experiência ou que por critérios de idade não estão disponíveis para assumir as vagas oferecidas (desalentados).

Os dados são retirados da PNAD Contínua que foi implementada em 2011 para acompanhar as variações a cada trimestre dos dados essenciais para o desenvolvimento socioeconômico do país. A pesquisa foi realizada em mais de 3500 municípios brasileiros e, neste ano, apresentou alguns recordes no que diz respeito aos indicies relacionados a situação de emprego da população brasileira. Se é verdade que em 5 anos pela primeira vez o índice de trabalho com carteira assinada tem um aumento é verdade também que, cresce os trabalhos precários e com vínculos empregatícios frágeis e com poucos ou nenhum direito trabalhista. Isto porque, o cenário colocado com a aprovação da reforma trabalhista que se fortalece com a aprovação em primeiro turno na câmara da reforma da previdência.

Concretamente ainda são 28,4 milhões de pessoas que se encaixam na categoria da subutilização da força de trabalho, ou seja, ainda falta trabalho para milhares de trabalhadores por todo país. Em 2015 o Percentual de trabalhadores que estão desempregados, trabalhando menos de 40 horas semanais, ou desistiram de procurar emprego, e que por isso se encaixam nessa categoria, era de 14,8%, hoje este índice chega a 24,%. A população que se encaixa na categoria de subocupados, aqueles que trabalham menos de 40 horas semanais bateu recorde atingindo 7,4 milhões de brasileiros.

Os dados mostram também, que parte da saída encontrada pela população frente ao enorme desemprego foi o trabalho doméstico. Esse tipo de ocupação relegado principalmente a mulheres, que hoje são em sua maioria as que sustem os lares brasileiros, pelo machismo que diz que o trabalho doméstico que é fundamental para a reprodução da sociedade tem a cara das mulheres negras e pobres em nosso país, e tem como característica um abaixa remuneração e frequentemente a alocação destas trabalhadoras em casas diferentes. É um exemplo gráfico de quais são as condições do aumento dos indicies de emprego nesse país.

Desde o aprofundamento da crise econômica o país vem amargando altos indicies de desemprego que atingem profundamente a juventude. Muitos jovens e trabalhadores tem procurado por anos por postos de trabalho e, em sua grande maioria, tem se submetidos a trabalhos informais e itinerantes, que para além da baixa remuneração que levou o rendimento médio da população brasileira a cair 1,3% e alto nível de exploração coloca como perspectiva para a juventude situações como de que Tiago Sias morreu de tanto trabalhar para um aplicativo de entregas que é a cara do trabalho precário destinado a este setores.

Ver também: Rappi: trabalho precário causa mais uma morte em São Paulo

O governo e os empresários vem justificando uma serie de ataques, como a reforma trabalhista e a reforma da previdência, como se fossem a saída para o desemprego e a situação econômica que se encontra os trabalhadores e a juventude no país. Enquanto na verdade, se apoiam nos altos índices de desemprego para justificar ataques que vão relegar a juventude a ter que pedalar para ganhar míseros R$1,50 por entrega e que os jovens e trabalhadores tenham que chegar aos 65 anos e ter contribuído por 40 ou até mesmo 20 anos ininterruptos para poder se aposentar. Destinando, com sua sede para que paguemos a crise que eles criaram, aos trabalhadores e a juventude um futuro sem perspectivas.

Contra isso é preciso por de pé um plano de luta que se enfrente com os ataques deste governo, a começar pela reforma da previdência, que tenha como base a unidade entre a juventude e os setores da educação que vem sendo atacados diariamente e a força dos trabalhadores organizados em cada local de trabalho e estudo. Para isso é preciso que as centrais sindicais e a UNE, dirigidas pelo PT e PCdoB, impulsionem assembleias por todo país e busquem organizar a unidade entre os trabalhadores e a juventude para que, já no dia 13 de agosto quando está sendo chamado dia nacional de luta pela educação e contra a reforma da previdência, a força dessa unidade se mostre nas ruas e assim possa enfrentar os interesses dos grandes capitalistas e do imperialismo que querem impor mais precarização e miséria ao conjunto da população.




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