Eike Batista, magnata símbolo do período do lulismo e do governo Cabral no Rio de Janeiro é alvo de uma operação de busca e apreensão de dados em sua casa, bem como um pedido de prisão preventiva. O empresário estaria fora do país e não foi preso, na mesma operação outros familiares de Cabral estariam sendo conduzidos à PF.
quinta-feira 26 de janeiro de 2017 | Edição do dia
O desdobramento carioca da Lava Jato imita seu procedimento para buscar com esse poderoso empresário informações que possam entrar no jogo político local e nacional, seja para atingir ainda mais o PMDB do Rio ou o PT que pela via do BNDES beneficiou muito as empresas do magnata. Aparentemente, pelo escopo da investigação, conforme foi informado à imprensa o objetivo inicial da operação tem como foco as propinas no governo Sérgio Cabral.
As prisões preventivas, conduções coercitivas e mandados de busca e apreensão em curso são parte da Operação Eficiência, segunda fase da Calicute, desdobramento da Lava Jato em solo carioca.
Entre os alvos de prisão preventiva estão o empresário Eike Batista e o vice-presidente de futebol do Flamengo Flávio Godinho, ex-braço direito de Eike.
A investigação mira pagamentos de propina envolvendo o ex-governador Sergio Cabral, que também é alvo de um mandado de prisão preventiva - o peemedebista já está preso em Bangu. Os outros alvos da operação são Sergio Castro, apontado como operador do esquema, Francisco Assis, o doleiro Álvaro Galliez, Thiago Aragão, ex-sócio da esposa de Cabral, e três pessoas ligadas a Cabral que também já estão presas - Wilson Carlos, Carlos Emanuel Miranda e Luiz Carlos Bezerra.
Além deles, o irmão de Cabral, Maurício de Oliveira Cabral Santos e Suzana Neves Cabral, sua ex-mulher, são alvos de condução coercitiva.
Todas as diligências tiveram origem nos desdobramentos da investigação sob tutela do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro. Na fase desta quinta-feira, as informações foram coletadas em dois acordos de colaboração que abordaram os detalhes do esquema de lavagem de dinheiro por trás dos desvios praticados pelo grupo do ex-governador Sergio Cabral.
Com informações da Agência Estado
