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UNIVERSIDADE | Nova compra faz da Kroton a maior empresa capitalista de ensino superior do mundo

Com a compra da Estácio o grupo Kroton se torna a maior empresa de educação superior do mundo. Com um mercado de 1,5 milhão de estudantes forma um gigantesco monopólio que lucra com o direito de estudar.

sexta-feira 1º de julho de 2016 | Edição do dia

A Kroton, que no ano passado já havia comprado a gigante de ensino superior Anhanguera e entrado na lista das maiores empresas de educação superior do mundo, anunciou ontem que finalizou a compra da Estácio, que se valorizou e chamou a atenção da gigante Kroton pela semi exclusividade do mercado carioca e Fluminense de educação superior e pela implementação nacionalmente de diversos cursos à distância.

A Kroton pagou 1,25 por cada ação da Estácio, se tornando uma empresa de R$24,9 bilhões em valor de mercado, dois terços do valor da educação pública para o governo federal, que investirá R$34 bi em educação neste ano, contra 39 bi do ano passado.

A exploração da educação pelos capitalistas é uma realidade que aponta para o que pode se tornar a totalidade da educação superior no Brasil, onde a cada ano, apesar do aumento dos custos em geral, a educação perde bilhões em investimento.

Apesar de parecer distante, a exploração da educação, que deveria ser um direito, já atinge 75% dos alunos de ensino superior que estão em instituições privadas. Ao contrário do discurso meritocrático de que quem se esforça é capaz de ter acesso à universidade, o problema que leva a que 3/4 dos estudantes de ensino superior paguem pelo seu direito à educação é o falho investimento público nas universidades estatais, contra os cerca de 3 trilhões do PIB comprometidos com a dívida pública.

Apenas os juros da dívida já chegam a quase 18bi, metade do que é investido em educação. Esse valor vai direto aos bolsos de banqueiros brasileiros e estrangeiros que lucram rios de dinheiro com o endividamento do país, dentre eles acionistas do grupo Kroton.

É contra essa lógica de educação que quer fazer de todo espaço de ensino um mercado de exploração de capital que defendemos o fim do vestibular e a estatização das universidades privadas, pois se a educação é um direito ninguém deve ser obrigado a pagar por ela e deve ser criminoso todo aquele que lucre com isso.




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