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GOVERNO TEMER | No governo golpista de Temer tem dinheiro para olimpíadas, bancos e empresários, mas não para a saúde

segunda-feira 25 de julho de 2016 | Edição do dia

O ministro golpista Ricardo Barros assumiu a pasta logo após a chegada do também golpista Michel Temer. Em sua primeira entrevista à imprensa, ao jornal Folha de São Paulo, gerou polêmica ao dizer que o tamanho do Sistema Único de Saúde (SUS) precisava ser revisto. Em uma entrevista rápida, por telefone ao EL PAIS, ele explica porque a judicialização se tornou uma bandeira de sua gestão e conta seus planos para cortar verba da saúde pública.

Nesta entrevista ao EL PAIS, o ministro afirma que prevê um gasto de cinco bilhões neste ano e que é um gasto crescente e que desarruma o planejamento. Mais adiante, afirma que o "orçamento tem um limite, a capacidade contributiva do cidadão tem um limite. É preciso se ter um orçamento econômico para a questão da judicialização".

O ministro afirma que "A constituição preconiza o direito de acesso universal à saúde, mas o orçamento é limitado. Temos que ter um equilíbrio. Infelizmente não há possibilidade de dar tudo para todos. Aquele que tem capacidade de contribuir, que possam fazê-lo".

Enquanto realiza cortes na saúde, tem dinheiro de sobra para os grandes políticos, empresários e banqueiros

Neste ano, ficou mais escancarado que existe uma imensa crise da saúde pública brasileira. Nos casos do zika vírus, diversas mulheres enfrentem enormes filas pra saber se seus filhos estão com microcefalia. Outra mostra da crise e que até abril deste ano 102 pessoas perderam a vida por conta do H1N1. No início do ano a crise da saúde teve fortes impactos na região do Vale do Paraíba, elevando os dados de pessoas contaminadas pela Dengue, H1N1, Chikunguya e Zika Virus a números alarmantes.

No Rio de Janeiro, onde o estado encontra-se afundado numa crise por conta da atual situação econômica do país, já ocorreu um caso de uma mãe ter tido uma criança na calçada do hospital. Em outros lugares do país também sofrem com a epidemia de H1N1, Chikunguya e Zika Virus e além de outras doenças que são conhecidas pelo povo brasileiro.

Mesmo com este cenário de caos o governo golpista, usando do argumento de que por conta da crise econômica o país não tem dinheiro, planeja fazer um imenso corte na área da saúde publica deixando esta situação mais precária do que já está. Ao mesmo tempo em que anuncia que "o orçamento do país tem um limite", cinicamente não tira nenhum centavo do bolso dos grandes empresários e adota o perdão da divida que inúmeras empresas possuem com o país.

Além disso, enquanto o governo golpista afirma que vai tirar dinheiro da saúde, o mesmo prepara um pacote de bondades para o Congresso e maldades para os trabalhadores, assim como preparou um aumento para o Judiciário. Enquanto os golpistas pregam a "necessidade dos cortes" para o país, certamente vamos ver mais casos que os golpistas vão fazer de tudo para aumentar os seus salários e privilégios.

O governo golpista de Michel Temer vai dar continuidade com os enormes gastos com as Olimpíadas. Todos nós sabemos que desde a passagem da tocha pelo Brasil, mas outros gastos, como a construção de estádios e outros centros olímpicos, vai custar muito dinheiro. O ex-governo do PT deu o pontapé inicial neste evento todo organizado para os ricos e agora o governo golpista termina o serviço. Daí nos perguntamos: Quanto dinheiro foi usado na operação (digna de matéria do site O Sensacionalista) que desmascarou uma suposta célula do Estado Islâmico no Brasil? Quanto de dinheiro foi usado para ser aprovada a lei anti terror no Brasil? Nisso não vemos cortes de investimento.

Por sua vez o PT quando foi governo também aplicou o ajuste fiscal e realizou cortes na área da saúde, tornando cada vez mais precária a saúde publica. Se o governo golpista está planejando medidas como querer desmantelar o SUS, o governo do PT fez com que a conta gotas a saúde pública utilizada pelos trabalhadores e setores populares da sociedade pagasse pela crise econômica capitalista que o país está passando.

Ao contrário do que diz o ministro da saúde golpista de Temer, é possível sim oferecer uma saúde gratuita e de qualidade para todos que precisam. A saída independente que os trabalhadores podem oferecer para a crise da saúde é a estatização sob controle dos trabalhadores e usuários dos grandes monopólios da saúde, assim como a taxação das grandes fortunas para ser revertida na saúde publica. Por isso defendemos que uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana organizada a partir dos locais de trabalho e estudo e das lutas operárias e populares poderia impor medidas como essa pela força da mobilização.




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