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IMPEACHMENT ANULADO | No estado de exceção brasileiro, impeachment é anulado. É urgente plano de luta da CUT e sindicatos

O novo presidente da câmara, aliado de Cunha e ao mesmo tempo do PT pela via de sua relação com o governador de seu estado, Waldir Maranhão, declarou a nulidade da votação do impeachment ocorrida dia 17 e chamando nova votação.

Diana AssunçãoSão Paulo | @dianaassuncaoED

segunda-feira 9 de maio de 2016 | Edição do dia

Trata-se de novo capítulo do estado de exceção brasileiro que passa por ações do judiciário e do parlamento, de prisões sem julgamento a cassações de mandato sem punição como aconteceu com Cunha, Waldir Maranhão revoga votação de 367 parlamentares que haviam sequestrado o voto de 54 milhões de eleitores. De lado a lado, no parlamento e no judiciário se multiplicam medidas que rasgam a Constituição.

O presidente interino, citado na Lava Jato, ligado a Cunha mostra a podridao do processo e como há amplos debates ainda não resolvidos.

A argumentação de Maranhão baseia-se em interpretação jurídica contestável sobre os partidos terem fechado questão no tema e diversos deputados se pronunciando antes da votação, mostrando um vício no julgamento.

Esta decisão acolhe pedido da AGU e deve abrir grande questionamento jurídico sobre sua validade ou não é enquanto estiver em vigor também jogara dúvidas se senado poderá votar. Ao STF caberá reforçar a cara golpista do impeachment negando a decisão do novo presidente da Câmara.

A indefinição política e jurídica aberta pela decisão de Maranhão deveria ser usada pra urgente construção de assembleias de base e verdadeiro plano de luta, a partir do dia de "paralisações e mobilizações" anunciado pela Resolução Nacional da CUT para este 10 de maio.

O dia de luta anunciado para 10/5 pelas direções da CUT e outras entidades até agora se tratou de uma farsa, que não foi organizado em nenhuma assembléia, seguindo a dinâmica de não fazer nenhum plano de luta contra o golpe e os ajustes que deveria se inspirar nas duras e decididas lutas levadas adiante por secundaristas no Rio e São Paulo.

A CUT, a CTB, a UNE não construiram esta paralisação. Este novo cenário recoloca na ordem do dia a possibilidade de uma luta decidida contra o golpe e ajustes. Exigimos da CUT, CTB e UNE ações urgentes para a paralisação de amanhã e um verdadeira luta contra o golpe e ajustes.




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