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No Chile, Piñera reafirma sua ameaça de repressão para o aniversário da rebelião e o plebiscito de outubro

Em entrevista com La Tercera, o presidente do chile Sebástian Piñera foi consultado neste domingo, entre outros assuntos, sobre o aniversário da rebelião de outubro e o plebiscito do mesmo mês. Ali reafirmou sua agenda repressiva: "o Estado do Chile está muito melhor preparado, temos melhor inteligência, temos uma Força de ordem e Segurança melhor preparadas, melhor equipadas, com melhor tecnologia".

Ricardo RebolledoSantiago, Chile

segunda-feira 24 de agosto de 2020 | Edição do dia

Em entrevista ao meio La Tercera, Piñera reafirmou a linha repressiva de seu Governo, isto a propósito do aniversário da rebelião de outubro e o plebiscito a realizar-se no mesmo mês.

Ao que parece, para Piñera não é suficiente todos os mortos e mutilados da revolta, sem contar os milhares de feridos e inclusive em alguns casos, abusados sexualmente pelas forças policiais e militares. Não só temos memória, não esquecemos porque nos levantamos nesse 18 de outubro.

Nem as investigações e condenações a carabineiros em particular detém ao governo, que volta através de seu presidente a ameaçar a população, ou refletindo sobre teorias conspiratórias de seus serviços de inteligência, "há muitas ameaças, temos muitas informações de que há gente que já está há meses trabalhando para incentivar essa explosão. Mas é possível dizer que o Estado do Chile está muito melhor preparado, temos melhor inteligência, temos Forças de Ordem e Segurança melhor preparadas, melhor equipadas, com melhor tecnologia,."

O Governo se inventa discursos para reprimir, porém, cada vez o faz de maneira menos escondida, por isso suas palavras para os centenas de milhares que desde outubro vimos pedindo #ForaPiñera, e além disso coloca o curativo antes que surja a ferida "essa obsessão por terminar antecipadamente meu mandato, quer dizer que isso é profundamente antidemocrático, é da essência da democracia que os Presidentes sejam eleitos a cada quatro anos, pela maioria absoluta da vontade do povo do Chile e que em uma democracia saudável os presidentes tem que completar seu mandato. Se alguém quer mudar de Presidente vai ter a oportunidade de fazê-lo em novembro e dezembro do próximo ano".

Ao que parece, para a democracia saudável, as demandas de um povo trabalhador que não quer seguir no Chile dos 30 anos vale menos que a instituição podre herdada da ditadura.




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