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Violência de gênero | No Brasil de Bolsonaro, estupro de LGBTQIA+ aumentou 88,4%: Stonewall mostra o caminho

Segundo Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgados nesta terça (28), os registros de estupro de pessoas LGBTQIA+ aumentaram 88,4% entre 2020 e 2021. Esse é o Brasil de Bolsonaro e Damares, com uma criança de 11 anos sendo impedida de abortar mesmo sendo vítima de estupro. No mês do orgulho LGBTQIA+ devemos retomar a batalha de Stonewall há 53 anos para respondermos à altura.

terça-feira 28 de junho de 2022 | Edição do dia

O aumento absurdo de mais de 88% nos casos de estupro de LGBTQIA+ é fruto da extrema-direita representada por Bolsonaro, Damares e sua corja, que odeiam as mulheres, negros, LGBTQIA+ e descarregam a crise nas costas dos trabalhadores. Damares quis impedir o aborto de uma criança de 11 anos, em 2021, e agora a política da extrema-direita se expressa na reacionária juíza que tentou impedir que uma criança de 11 anos, vítima de estupro, realizasse o aborto legal. Ao mesmo tempo, nos Estados Unidos as mulheres vivem uma derrota histórica com a revogação do direito ao aborto legal.

Essa direita e o judiciário humilham essas vítimas, assim como fizeram com Mari Ferrer, provando que veem nas mulheres, trabalhadoras e meninas, meras reprodutoras de mão de obra barata. O patriarcado e suas mazelas se escancaram no desenrolar machista e opressor do caso de Klara Castanho.

Nesse mês de junho devemos retomar a batalha de Stonewall, que completa 53 anos, quando se iniciou a revolta que abriu as portas para a consolidação do movimento LGBTQIA+. A comunidade, cansada de sofrer abusos policiais, revidou e organizou uma série de manifestações durante vários dias.

Esse cenário brasileiro, o aumento do caso de estupros da comunidade LGBTQIA+ e a violência contra a mulher, so demonstram que não podemos cair na armadilha de que a representatividade por si só, ilusão neoliberal, é capaz de solucionar nossos problemas. É preciso arrancar o direito ao aborto legal, seguro e gratuito, além de enfrentar a direita e seus ataques com a unidade dos trabalhadores, das mulheres, dos negros, dos LGBTQIA+, confiando em nossas próprias forças, como fizeram em Stonewall há 53 anos, ou as feministas estadunidenses da década de 70, assim como as argentinas na última década, arrancando o direito ao aborto, e não em saídas eleitorais e de conciliação.

Declaração do Pão e Rosas: Enfrentar o ataque ao aborto nos EUA com a força da luta internacional das mulheres




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