O medicamento Nitazoxanida apesar de diminuir a carga viral em pacientes com Covid-19 no início da doença, não apresenta resultados para os casos nas infecções de longo prazo do Sars-Cov-2.
sábado 24 de outubro de 2020 | Edição do dia
Imagem: Agência Brasil
A pauta do tratamento da Covid-19 sem dúvida é uma caixa preta dentro do mundo da burocracia médica. Além do saber desses especialistas, a discussão está associada à grande farmácia e aos laboratórios estrangeiros que lucram com as patentes e venda de medicamentos.
Recentemente o governo brasileiro anunciou que o vermífugo nitazoxanida poderia ser indicado para o tratamento da Covid-19. Não sendo a primeira vez que esse tipo de medicamento é indicado, a exemplo da ivermectina. O tema é complexo porque acabou sendo politizado pela grande mídia, a exemplo do caso da cloroquina, que devido à demagogia promovida por Jair Bolsonaro, acabou sendo vista de forma negativa pela opinião pública.
Ver também: O que se pode dizer, cientificamente, sobre a hidroxicloroquina
Em estudo realizado para saber os efeitos de tratamento do medicamento, pesquisadores concluíram que o medicamento não fornece evidências sobre à infecção por Sars-Cov-2, apesar de diminuir em casos iniciais a carga viral:
O antiparasitário nitazoxanida está amplamente disponível e exerce atividade antiviral de amplo espectro in vitro. No entanto, não há evidências de seu impacto na infecção por SARS-CoV-2
Mesmo com essa medida, o governo Federal tentou fazer uso demagógico do medicamento, divulgando no dia 19 de Outubro de 2020 um gráfico, segundo informações so portal de notícias G1
é idêntica a de um banco de dados que recolhe imagens meramente ilustrativas como podemos observar nas imagens abaixo.
É importante destacar que a população deve ter acesso aos medicamentos que promovam chance de cura e de tratamento, e que o tema deve ser debatido no âmbito das evidências científicas e não pelo mote ideológico e muito menos demagógico como o governo Bolsonaro vem fazendo ao querer utilizar de forma indiscriminada medicamentos para tratar à Covid-19 na população, sem o mínimo de responsabilidade para com as suas vidas.
