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1/5 NA ARGENTINA CONTRA O GOLPE | Nicolás Del Caño concluiu o ato da esquerda argentina contra o golpe no Brasil

Os eixos centrais do ato foram o repúdio ao golpe institucional no Brasil e ao ajuste na América Latina, que Nicolás Del Caño sintetizou assinalando “nossa luta contra o golpe no Brasil é dada junto à exigência às centrais sindicais da Argentina que convoquem uma paralisação ativa e um plano de luta até derrotar o ajuste.

sábado 30 de abril de 2016 | Edição do dia

A deputada federal Myriam Bregman recordou que “na última quarta-feira na Câmara dos Deputados defendemos uma moção de ordem para que o Congresso argentino repudie o golpe institucional no Brasil, o que foi rechaçado pelo oficialismo ligado a Mauricio Macri. Fizemos isso nossas bancadas parlamentares estão a serviço da luta que tem de enfrentar os trabalhadores da Argentina, mas de toda a América Latina. Hoje vemos como, tanto em nosso país como no Brasil, as denúncias de corrupção são usadas para favorecer as camarilhas capitalistas mais reacionárias e retrógradas. Estamos vendo, por um lado, a corrupção dos empresários e funcionários kirchneristas e, por outro lado, o escândalo dos Panama Papers que envolve Macri, seu gabinete milionário e sua família. Todo isto frente aos olhos dos trabalhadores, que olham cada dia seus magros salários se liquidarem pelo aumento de tarifas e a inflação. Por isso seguimos defendendo que juízes e funcionários políticos sejam revogáveis e ganhem como uma professora.”

Muito importante foi a participação de Claudionor Brandão, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) Brasil, que viajou especialmente para participar do ato em frente a embaixada e denunciou que “o poder judiciário, os grandes monopólios da comunicação e a oposição utilizam a investigação dos escândalos de corrupção do PT para impor um governo e um plano que vai atacar a classe trabalhadora e o povo em uma escala muito superior à que Dilma vinha fazendo.

Um PT que cavou sua própria cova aplicando o ajuste pedido pelos banqueiros e o grande capital, e quando não lhes serviu mais, o descartaram, e mesmo assim o PT continua calado e impedindo que os trabalhadores se organizem para resistir ao avanço da direita que fortaleceram.

"Enquanto a direita golpista avança, os trabalhadores e a juventude amargam no Brasil o desemprego, a inflação, os aumentos de tarifas e cortes no orçamento da saúde e da educação. Por isso defendemos com força que há que impulsionar a mobilização independente por parte dos trabalhadores e da juventude”.

Fechou o ato Nicolás Del Caño, dirigente do PTS e excandidato a presidente pela Frente de Esquerda e dos Trabalhadores (FIT) conseguindo os melhores resultados presidenciais da esquerda desde 1984 com quase 1 milhão de votos, que recordou que

somos aqueles que levantamos bem forte a bandeira da independência política dos trabalhadores. Não só nos opomos à direita, mas viemos construindo uma alternativa política independente aos que durante estes anos nos quiseram convencer de que fazendo uma boa gestão do Estado era possível conciliar os empresários e trabalhadores, que todos ganhariam.

"Scioli (candidato kirchnerista que disputou a presidência com Macri no segundo turno em outubro) teria feito o mesmo que Dilma no Brasil quando esta venceu o segundo turno: aplicar um ajuste brutal que não fica atrás do de Macri.” Del Caño agregou que “nossa luta contra o golpe no Brasil é dada junto à exigência às centrais sindicais da Argentina que convoquem uma paralisação ativa e um plano de luta até derrotar os ajustes de Macri e dos governadores kirchneristas nos estados e municípios. Nos propomos ser o partido da resistência dos trabalhadores, das mulheres e da juventude e do conjunto dos explorados e oprimidos”.

O ato se encerrou com todos os oradores no cenário, aos quais se somaram Christian castillo e o legislador portenho Patricio Del Corro, junto a representantes das delegações de professores, estatais, gráficos, trabalhadores da alimentação, do metrô, dos pneus, das automotrizes, aeronáuticos, ferroviários, entre outros, e estudantes universitários e secundaristas. Todos eles entoaram o hino da Internacional dos Trabalhadores.




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