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ELEIÇÕES 2018 | Nem Zema nem Anastasia, votamos nulo em MG contra o avanço dos ataques e do autoritarismo

A extrema direita autoritária de Bolsonaro avança em todo país, com o apoio do judiciário que manipulou estas eleições dando continuidade ao golpe institucional de 2016 que colocou Temer no poder. Precisamos fortalecer nossa luta contra os ataques a direitos democráticos, sociais e trabalhistas que virão e em Minas Gerais chamamos a votar nulo para expressar nosso rechaço a dois inimigos dos trabalhadores, do povo pobre e dos nossos direitos: Zema (NOVO) e Anastasia (PSDB).

sexta-feira 26 de outubro de 2018 | Edição do dia

Nós votamos criticamente em Haddad para presidente acompanhando os que querem vencer Bolsonaro nas urnas, mas não damos nenhum apoio político ao PT. Dizemos abertamente que para derrotar Bolsonaro, a extrema direita e o judiciário que manipulou estas eleições com apoio das Forças Armadas, precisamos ir muito além da estratégia meramente eleitoral do PT e do PCdoB, nos organizando aos milhares nos locais de trabalho e estudo, tarefa que exigimos da CUT, da CTB e da UNE. Em Minas Gerais acreditamos que a melhor forma de expressar essa batalha para que nossa auto-organização se torne uma força real nas ruas e nas lutas é votando nulo para governador.

Romeu Zema, favorito nas pesquisas de intenção de voto, é um empresário bilionário que quer destruir os serviços públicos privatizando tudo, acabar com os direitos trabalhistas e aumentar os lucros de grandes empresários como ele próprio penalizando ainda mais os trabalhadores e o povo pobre. É dono do bilionário Grupo Zema, rede de varejo forte em Minas Gerais que tem 430 lojas e um faturamento de 4,5 bilhões de reais. Diz que é "novo na política" mas foi filiado durante 18 anos ao PR. Ele alavancou sua candidatura declarando apoio ao ultradireitista Bolsonaro no 1º turno, além de ter sido citado no escândalo de envio massivo de mensagens pelo Whatsapp, crime eleitoral admitido por Bolsonaro.

Antônio Anastasia, é um conhecido tucano inimigo dos trabalhadores e do povo, apadrinhado do corrupto Aécio Neves, relator do golpe no Senado e membro do PSDB que sempre foi fiel ao odiado governo Temer, ajudando na aprovação das reformas, ataques e privatizações. O vice de Ansatasia, Marcos Montes, declarou desde o primeiro turno o apoio a Bolsonaro, mostrando que para além das disputas por cargos e poder, não se opõem às propostas violentas e autoritárias de Bolsonaro.

Tanto Zema como Anastasia são defensores da austeridade, que em tempos de crise econômica significa retirar dos serviços públicos como saúde e educação para pagar aos empresários e banqueiros. Nenhum deles diz que os trabalhadores e o povo vêm pagando pela crise enquanto os ricos seguem lucrando alto, recebendo inclusive cerca de 14 bilhões de isenções fiscaispor ano só em MG, e ambos "se esquecem" da multa bilionária que a Samarco ainda deve por ter destruído o Rio Doce com o crime ambiental de Mariana. Por isso, com ambos o atraso e parcelamento no pagamento de professores e aposentados, já iniciado pelo governo Pimentel (PT), devem continuar, além de vários novos ataques que certamente virão.

Zema quer privatizar até escolas e hospitais, mostrando um completo desprezo por quem não tem dinheiro para pagar pelas caras escolas privadas e por planos de saúde. Mostra que para este empresário até o ar e a água devem ser privatizados, se for possível, em benefício do lucro de uns poucos. Mas a crítica de Anastasia a essas propostas de privatização é pura demagogia eleitoreira, já que apoiou a aprovação da PEC 55 (atual EC 95), que coloca um teto para gastos sociais como educação e saúde por 20 anos, que só pode resultar em serviços públicos cada vez piores.

Precisamos nos preparar para lutar contra o governo de qualquer um destes reacionários que seja eleito. Escolher o que seria "menos pior" e dar a ele o nosso voto seria um erro, porque significaria ao mesmo tempo o apoio a um destes projetos reacionários que quer nos fazer pagar pela crise econômica retirando nossos direitos enquanto os capitalistas seguem lucrando, o mesmo objetivo que a extrema direita de Bolsonaro, ainda que de formas diferentes.

Nós defendemos que os capitalistas paguem pela crise; lutamos pelo fim das isenções fiscais e pelo não pagamento da dívida pública a banqueiros e especuladores; lutamos pela redução das horas de trabalho sem redução de salários para que mais pessoas trabalhem menos e acabemos com o desemprego; lutamos pelo fim dos privilégios de políticos e juízes, para que todos ganhem como uma professora e sejam eleitos e revogáveis.

O primeiro passo da nossa luta para que o ricos e capitalistas paguem pela crise é contra Bolsonaro, a extrema direita e o golpismo, que querem arrancar violentamente todos os nossos direitos e perseguir os que lutam. Por isso exigimos da CUT, da CTB e da UNE a convocação imediata de assembleias em cada local de trabalho e estudo e a organização de comitês de luta para derrotar Bolsonaro, a extrema direita e as reformas, para fazer valer a força dos trabalhadores e dos estudantes nas ruas e greves.




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