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DESEMPREGO | Na onda do desemprego, ações trabalhistas batem recorde

O desemprego recorde tem aumentado o número de ações trabalhistas à um nível jamais antes visto

Allan CostaMilitante do Grupo de Negros Quilombo Vermelho - Luta negra anticapitalista

segunda-feira 11 de julho de 2016 | Edição do dia

Com a sombra do desemprego cada vez mais presente sobre a classe trabalhadora, o número de processos trabalhistas decorrentes desse quadro também tem aumentado a números jamais vistos anteriormente.

Como um verdadeiro sinal dos tempos, o ano de 2015 recebeu o maior número da série histórica desde 1941. de pedidos de abertura de processos contra empresas em casos de demissões. Foram 2,66 milhões de novas ações ano passado.

A tendência de 2016 também não é nada animadora, apenas nos 4 primeiros meses de 2016 o número de novos processos já era quase 8% maior do que no mesmo período de 2015. Especialistas e advogados atribuem o crescimento no número de processos ao momento de crise econômica no país, mas apenas ligam a crise com a falta de dinheiro dos trabalhadores, dizendo que em outros momentos os trabalhadores talvez não entrassem com essas ações, mas tendo em vista a falta de dinheiro recorrente do desemprego procuram brigar judicialmente por seus direitos.

O que os advogados não dizem diretamente é que essa onda de novos processos trabalhistas causada pelo desemprego é fruto da política econômica de fazer os trabalhadores pagarem pela crise gerada pelos patrões. Política essa que já era adota no governo Dilma mas que no governo golpista de Temer tem avançado à passos largos. Num cenário onde o Presidente e seus ministros pregam "ajustes" na economia, as demissões tem sido cada vez mais recorrentes e muitas delas são ilegais ou escondem por trás de si casos de assédio moral e até mesmo acidentes de trabalho devido à maior precariedade das condições de trabalho.

Apesar de serem processos bastante comuns, muitos destes processos levam anos para serem concluídos. Além da falta de interesse em defender os trabalhadores frente aos empregadores, essa morosidade se deve, por exemplo, à possíveis testemunhas que são assediadas por seus chefes para que não falem contra as empresas, sendo ameaçadas direta ou indiretamente de perderem seus trabalhos e aumentarem ainda mais as estatísticas do desemprego.




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