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APOIO À GREVE DE PROFESSORES | Na UFMG, repúdio à repressão e apoio aos professores em greve no Paraná e em todos o país.

Desde o massacre aos professores do Paraná a mando do governador Beto Richa (PSDB), no último dia 29 de abril, a UFMG foi palco de ações em solidariedade a esses professores, abrindo espaços de discussão sobre os caminhos que vêm tomando as políticas para a educação da “Pátria Educadora” de Dilma.

quinta-feira 7 de maio de 2015 | 00:59

Logo no dia seguinte à repressão, estudantes de licenciatura e educação organizaram um ato emergencial em defesa da luta dos professores paranaenses na Faculdade de Educação da UFMG (FaE-UFMG). Nessa mesma faculdade seguiu-se a mobilização, acontecendo na segunda, 4 de abril, uma nova assembleia de estudantes e professores que decidiu por duas paralisações da Faculdade no dia seguinte em apoio aos professores do Paraná e para se debater o cenário nacional da educação.

Na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FAFICH), a partir dos estudantes da Filosofia, logo no dia seguinte à barbárie repressão no Paraná foi feita uma foto com estudantes da Faculdade repudiando a repressão e em defesa da educação e da luta dos professores. Ainda essa semana está sendo chamada, desde o Centro Acadêmico de Filosofia (CAFCA), uma assembleia estudantil na quinta (07/05) com pauta única de solidariedade ativa à greve dos professores do Paraná e dos diversos outros estados onde também ocorrem lutas e greve pela educação.

Desde o começo do ano a educação no país vem sofrendo violentos ataques. Como exemplos temos a repressão aos professores do PR, o silêncio da mídia paulista frente à greve dos professores da rede estadual de São Paulo e o corte de ponto orquestrado pelo governo Alckmin [http://www.esquerdadiario.com.br/Go...], o governo Pimentel (PT) de MG que negou o piso salarial para 2015, os cortes de 7 bilhões do MEC, as demissões e falta de salário dos terceirizados, a falta de materiais e estrutura em universidades, atrasos nas bolsas de permanência estudantil, o corte de bolsas do FIES, o novo PNE e o recém-publicado documento “Pátria Educadora”[http://pne.mec.gov.br/images/pdf/No...], que aponta no sentido de aumentar o produtivismo e a privatização da educação.

Após a repressão no Paraná – não por acaso com os professores que já haviam tido uma conquista na greve do começo do ano – e com a greve de mais de 50 dias com cortes de ponto no estado de São Paulo, o Movimento Estudantil deve entrar em cena com força, se colocando lado a lado desses professores em greve, que estão sendo reprimidos, contra cada um desses ataques à educação e aos educadores. Esses processos de luta dos professores entram em um momento chave, quando os governos apostam em derrotar a categoria exemplarmente, para impedir a continuidade de mobilizações por educação que vêm ocorrendo desde o começo do ano.

A demanda por educação é uma das principais lutas que seguem e se aprofundam desde junho de 2013, sendo um dos eixos fundamentais de desgaste dos principais partidos da burguesia, do governo Dilma e do PT, com os escândalos do FIES e os cortes na educação de conjunto, e também do PSDB em dois estados, Paraná e São Paulo, onde mostram que são inimigos da educação, reprimindo professores, cortando ponto daqueles profissionais que educam os filhos da classe trabalhadora e de todo o povo.

A união dos estudantes aos professores, junto à população – que nas jornadas de junho de 2013 e mobilizações contra a Copa de 2014 pediam por “Educação padrão FIFA”, cansada da precarização estrutural deste serviço público no nosso país – pode ser o elemento fundamental para fortalecer essas lutas e avançar na defesa da educação contra o governo do PT e demais partidos da ordem, como PSDB, PMDB e outros que enquanto desviam dinheiro público para os próprios privilégios, cortam da educação e tiram o salário dos professores.

Na UFMG e em todas as universidade do país que vêm passando por lutas, é necessário unificar as ações que já estão sendo organizadas pelos estudantes e transformar em um forte plano de lutas que coloque os estudantes efetivamente ao lado dos professores em greve, ainda mais frente ao indicativo de greve das universidades federais a partir de 25 de maio. Para isso, o novo DCE que tomou posse essa semana[http://www.esquerdadiario.com.br/Chapa-2-Virada-vence-eleicoes-para-o-DCE-UFMG-O-governismo-e-a-direita-sairam-derrotados], a gestão Virada (PSTU, correntes do PSOL, PCR, PCB, coletivo LGBT Mooca e independentes), deve girar todas suas forças para se ligar às lutas e organizar novas ações.

Também a ANEL, que está a um mês de seu 3º Congresso, deve ter como principal tarefa coordenar as lutas e avançar no combate ao governo. Vemos hoje sua direção majoritária, PSTU, construindo o Congresso por fora da organização de base e se mantendo em uma lógica que prioriza a ação midiática e o rotineirismo. Contudo a realidade exige mais, para construir uma entidade que seja um elemento político que organiza os estudantes para influenciar na realidade, é preciso avançar no seu programa e colocá-lo em prática, defendendo àqueles que lutam por educação, como os 17 estudantes expulsos da Unesp [http://www.esquerdadiario.com.br/Es...], organizando uma forte greve nas universidade federais contra os cortes do governo Dilma, e construir fortes ações de solidariedade aos professores do Paraná, São Paulo e demais grevistas pelo país.




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