De política nova, que não tem nada, Alexandre Freitas segue passos bolsonaristas ao associar deputadas negras do PSOL vindas de favelas ao crime organizado.
sexta-feira 7 de agosto de 2020 | Edição do dia
Imagem: Ancelmo Góis/Reprodução
Em sessão no plenário da ALERJ, deputado do partido NOVO associou as deputadas do PSOL, Mônica Francisco e Renata Souza ao crime organizado pelo fato de ambas virem de origem de favelas do Rio de Janeiro.
Demonstrando um claro ódio aos moradores de favela e um racismo explícito, Alexandre Freitas demonstrou mais uma vez que seu partido o NOVO, nada se diferencia das declarações de tipo bolsonaristas e da classe capitalista brasileira em seu racismo intrínseco, fruto da origem escravocrata.
Defensores dos empresários e da precarização da vida da classe trabalhadora, que de novo não tem nada, mantendo uma visão odiosa que negros e moradores de favela são automaticamente criminosos, deputado afirmou: "Coincidentemente, duas deputadas do Psol vieram de comunidades onde a facção que é mais violenta domina essas comunidades. Então eu convido a deputada Mônica e a deputada Renata, da gente ir às suas comunidades para conversar com os vagabundos que estão lá. Junto com a polícia, obviamente. Pois aí elas vão parar de falar tanta bobagem e parar de chamar a polícia do Rio de Janeiro de racista".
Sessão discutia a implementação de câmeras em viatura policiais no estado do Rio de Janeiro, em sua fala com conteúdo racista, defende assim também a atuação da polícia fluminense, que mesmo em meio a pandemia assassinou garotos João Pedro e Matheus e leva uma guerra contra a população pobre e das favelas.
"Ser levianamente associada a uma facção criminosa por um deputado é mais uma violência que enfrento na Alerj. Não aceito que nenhum parlamentar use sua branquitude para me caluniar nem me reduzir por minha origem e minha cor. Sou uma mulher preta do Borel e estou Deputada Estadual, queiram eles ou não" rebateu Mônica.
Nós do Esquerda Diário nos prestamos em solidariedade às deputadas e ao PSOL fruto dos ataques racistas do NOVO e de qualquer outros de mesmo cunho e contra a população trabalhadora e suas representações.