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LUTA CONTRA O AUMENTO | Movimentos respondem como fazer para barrar o aumento das passagens em Belo Horizonte

Entrevistamos militantes de alguns movimentos e organizações de esquerda que participam da luta contra o aumento das passagens em Belo Horizonte. A pergunta, para todos, foi "como a juventude pode barrar o aumento?". Conheça as respostas.

quarta-feira 19 de agosto de 2015 | 00:00

Maria da Consolação Rocha, do PSOL, professora da rede municipal de BH e da UEMG:
“A juventude pode barrar o aumento fazendo o que ela está fazendo hoje: se organizando, fazendo atos, exigindo que o governo acabe com esse reajuste, porque ele é ilegal. (...) já denunciamos para o Ministério Público que o reajuste anterior já era ilegal porque as empresas tiveram sobrelucro. (...) Então é continuar fazendo o que a juventude de BH faz: se organizando, ocupando as ruas, indo à luta e esclarecendo a população, e chamando todo mundo pra ocupar, porque nós temos direito à tarifa zero e à passe livre nessa cidade.”

Francisco Marques, da Juventude às Ruas e membro do Centro Acadêmico de Filosofia - UFMG:
“[...]foram muito importantes os atos da semana passada porque foram os maiores atos de juventude desde junho de 2013. (...) a juventude deve apontar o caminho de massificar ainda mais os atos, dialogar com a população, denunciar os políticos e os empresários; a gente viu que tanto o Márcio Lacerda do PSB quanto o Pimentel, do PT, estão querendo passar esse aumento a serviço dos empresários seja com repressão, seja com medidas jurídicas. Então a juventude tem que ir com tudo pra nacionalizar essa luta, dialogar com a população e lutar junto com os trabalhadores para tirar de vez o transporte da mão dos empresários, estatizando o transporte e que o controle dele seja feito pela população junto aos trabalhadores.”

Izabella Lourença, do PSTU e do DCE-UFMG:
“Acho que a juventude pode barrar o aumento da passagem assim como barrou em 2013, que foi ocupando as ruas, eram milhares de jovens exigindo abaixar o preço da passagem aqui em Belo Horizonte e também aconteceu isso em várias capitais do país. Eu acho que a juventude tem que retomar as ruas, lutar por transporte público de qualidade, lutar pela estatização do transporte, que só assim que a gente consegue que as vitórias como a redução do preço da passagem se garantam por mais tempo.”

Leonardo Péricles, do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), e da Unidade Popular pelo Socialismo (UP):
“Olha, eu acho que a juventude já tem um histórico muito importante das mobilizações nas lutas e essa parte do transporte tem um papel especial. (...) ensinar pra juventude como ela deve fazer é complicado, mas eu acho que é basear-se na sua própria experiência histórica; nas grandes mobilizações a partir das escolas, das universidades, mas também hoje envolvendo os setores das periferias, os bairros pobres, vilas, favelas, onde concentra uma juventude que é alijada de direito à cidade porque ela não tem direito pra pagar passagem, então é um potencial de luta muito grande que está repousando nesses bairros (...) e acho que trabalhar a unidade entre os vários movimentos, as organizações populares, e inclusive tentar arrastar as organizações dos trabalhadores pra junto protagonizar esta luta (...) os trabalhadores que na periferia não conseguem pagar passagem tão cara, cada dia mais cara.”


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