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GENOCÍDIO DA JUVENTUDE NEGRA | Morte violenta de jovens cresce no Nordeste

quarta-feira 15 de novembro de 2017 | Edição do dia

Última pesquisa do IBGE mostra um aumento de mortes violentas entre jovens nos estados nordestinos. As estatísticas mostram ainda um contraste nas mortes por causas externas - como homicídios, suicídios, atropelamentos e acidentes - entre homens de 15 a 24 anos. Esse número caiu em Estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Santa Catarina. Porém, somente na Bahia o crescimento de mortes é de 171% nos últimos dez anos. Outros Estados do Nordeste e do Norte também registraram aumentos expressivos. Segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) a taxa de homicídios no Rio Grande do Norte aumentou em 232%, também na última década.

Ao se falar no crescimento dos números de mortes violentas no Nordeste não se deve esquecer que esta é uma região de maioria negra, na Bahia 76,3% da população de autodeclara preta ou parda, segundo o IBGE. Sabemos que a população negra e em maioria a juventude é vítima da violência policial, sofrendo 23,5% mais risco de ser assassinada que pessoas não declaradas negras.

Envelhecimento

Em 1976 a parcela da população que mais morria era a de menores de 5 anos (34,7%). Hoje, a mortalidade infantil corresponde a menos de 3% dos óbitos. A proporção de mortes entre os maiores de 65 anos mais que dobrou no mesmo período, passando de 29,1% em 1976 para 58,5%, 40 anos depois. Um problema pensando a reforma previdenciária que visa o governo impor a população.
Precisamos, portanto, pensar em qual cenário nos espera em um momento político e econômico de crise, congelamento de gastos com saúde e educação, reformas trabalhista e da previdência e desemprego principalmente entre a juventude. O governo e os grandes empresários impõem as piores condições de trabalho e aposentadoria.

O aumento de mortes violentas em regiões como o Nordeste demonstra que estamos em um período em que se acirram as desigualdades e a violência em decorrência das piores condições de vida impostas pelo desemprego, e um aumento das mais diversas formas violência, principalmente entre a juventude negra, por parte do Estado que podem ser aprofundadas pelos ataques dos capitalistas e do governo golpista de Temer. Ataques aos quais devemos resistir para que não tirem mais suor e sangue da juventude e dos trabalhadores.




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