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AMEAÇA? | Moro expressa decepção com o governo Temer em evento nos EUA

Nesta quinta (14), o juíz federal Sergio Moro, diretamente de Washington (EUA) reforçou a suposta imparcialidade da Operação Lava Jato e expressou uma decepção com o governo golpista de Temer no combate à corrupção.

sexta-feira 15 de julho de 2016 | Edição do dia

Durante o evento que ocorreu no centro de estudos Wilson Center, na capital norteamericana, Moro afirmou que "o atual governo disse em várias oportunidades que apoia as investigações. Mas os brasileiros deveriam esperar mais que apoio em discursos". Segue sua oratória supostamente em defesa do combate à corrupção.

Direto da terra onde foi treinado, Moro mais uma vez diz que a Lava Jato não é uma "caça às bruxas" e que "ninguém esta sendo caçado ou condenado com base em opinião política". Quando questionado sobre o fim da operação, diz que "pensando na investigação que está conosco, um dia disse que poderia terminar no fim do ano porque a maioria das empresas que pagaram as propinas já foi acusada e julgada" e que "a parte que está com o Supremo Tribunal, envolvendo os políticos, provavelmente tomará mais tempo".

Como já vinhamos denunciando, o "partido judiciário" mostra claramente que atua como árbitro no golpe. Pressiona diretamente a estabilidade até então do governo golpista de Temer.

Essa "imparcialidade" da Lava Jato é tão falaciosa quanto o interesse de Temer em combater a corrupção. Como mostramos nesta investigação feita pelo Esquerda Diário existem vários exemplos dos reais interesses por traz de cada passo dado pelo partido do judiciário. Como na investigação sobre a Petrobrás, onde das quatro diretorias da estatal que movimentam muitos recursos, a mais estratégica, que movimenta mais recursos, ficou blindada. Ou mesmo sobre a delação premiada de Youseff, que o judiciário nada fala sobre a parte do depoimento que relata sobre propina a Aécio Neves (PSDB) em Furnas.

O "partido judiciário" tem o governo de Temer e sua estabilidade em suas mãos, como mostramos aqui, tem o poder de blindar das investigações políticos e empresários de seu interesse. Num governo onde tem vários ministros citados nas investigações da Lava Jato, para além de outros processos, configura-se o palco onde o STF tem opinião determinante sobre os próximos passos.

A verdade sobre os fatos desnuda o que chamam de "imparcialidade" e mostra que o STF, com seus membros que não são eleitos, atua como um partido político. De modo a determinar os desfechos da situação econômica e política da crise que atravessa o Brasil e o mundo e representar os interesses dos imperialistas em saquear as riquezas de nosso país




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