Luiz Henrique Mandetta, o ministro da Saúde, que disse que Bolsonaro é o "grande timoneiro do barco", está se aproveitando da crise do coronavírus no Brasil para favorecer predadores capitalistas.
sexta-feira 20 de março de 2020 | Edição do dia
Mandetta além de já ter prestado serviço militar, ele foi presidente da Unimed, demonstrando sua clara relação com os grandes monopólios da saúde. Agora ele está demonstrando isso explicitamente ao beneficiar seus amigos empresários que doaram dinheiro para sua campanha nas duas vezes que ele disputou as eleições para deputado estadual, abrindo processos de compra do governo sem licitação.
Segundo o Diário Oficial da União de quarta (18), o Ministério da Saúde comprou aventais hospitalares de R$700 mil da Prosanis Indústria e Comércio de Produtos Médicos e Hospitalares Ltda. Conforme diz a Receita Federal, a Prosanis, aberta em 2013, tem entre seus sócios Aurélio Nogueira Costa, que tem outros negócios no ramo, como a Cirumed Comércio Ltda, aberta em 1991.
A Cirumed foi doadora de campanha de Mandetta. De acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em 2010 a empresa de Aurélio Nogueira Costa doou R$ 50 mil. E em 2014 o valor se multiplicou para R$ 93.980,00.
A Cirumed já esteve envolvida antes em fornecimento de produtos ao governo com dispensa de licitação. E também tem histórico de irregularidades.
Uma das irregularidades, em 2018, foi que, de um montante de R$ 487.278,18 fiscalizado, foi identificado prejuízo de R$ 42.747,78, consequência da prática de sobrepreço pela Cirumed e outras duas empresas. A Cirumed também tem inquérito no Ministério Público do Mato Grosso do Sul, que apura suas notas frias no Hospital Regional do Estado.
Mandetta está fortalecendo predadores capitalistas, para que lucrem às custas da crise sanitária. Estão enchendo seus bolsos às custa das trabalhadoras e dos trabalhadores.
Precisamos dizer basta a essas empresas predadoras capitalistas e impor que as que sirvam para a resolução da crise, como a Cirumed (produtora de artigos hospitalares), sejam colocadas sob controle operário e a serviço dos trabalhadores e do povo pobre. O vírus Apenas com os trabalhadores tomando a frente da situação e o controle da produção de máscaras, testes e outros produtos essenciais será possível dar uma saída a essa crise.
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