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VIOLÊNCIA POLICIAL | Ministra do STM vê manipulação de provas no caso dos 80 tiros

Ministra diz que militares que obtiveram a soltura recententemente, usaram provas manipuladas em julgamento.

terça-feira 28 de maio de 2019 | Edição do dia

Na quinta feira, 23, a população carioca teve uma notícia chocante: os militares que mataram o músico Evaldo dos Santos Rosa, após fuzilarem seu carro com mais de 80 tiros, foram soltos, no episódio onde também morreu o catador de latinha Luciano Macedo, que tentou ajudar a família do músico ferido

O caso foi julgado no Supremo Tribunal Militar e os militares foram soltos, com 11 votos a favor e 1 contra. Apesar disso, a ministra que foi responsável pelo único voto contrário disse que as provas foram claramente manipuladas:

Tais viaturas de fato possuem marca de tiro, no entanto, tais fotografias que são parte de veículos, se percebe nitidamente que se tratam de automóveis completamente diferentes daquele que estava sendo utilizado na ação. (...) Só que os militares não trafegavam nesses blindados. Eles trafegavam numa viatura em que não se constatou tiro algum. Os militares forjaram em três fotografias inidôneas que haviam sido alvejados durante a ação quando, na verdade, o veículo que dirigiam era outro e que a perícia não constatou nenhum disparo ou nenhum tiro.

É esse o futuro que Witzel e Bolsonaro pretendem para o povo negro, trabalhar até a morte com a reforma da previdência e ainda estar sujeito a ser morto pela mãos das forças com o total aval da justiça. Além dos discursos reacionários desses 2, o primeiro disparou contra uma comunidade em Angra dos Reis num passeio de Helicóptero e o segundo quer aprovar, junto com Sérgio Moro, um pacote anticrime que basicamente legaliza os assassinato feitos pela policiais, onde quem sofrerá com isso será a juventude negra e pobre.

Nas mãos de cada um deles está o sangue de Evaldo e de Luciano, e de milhares de outros negros mortos pelo Estado brasileiro a cada ano. Está nas mãos deles e de outros políticos burgueses a impunidade das forças assassinas.

Querem intimidar os trabalhadores com a repressão cotidiana nos morros, favelas e subúrbios. Quiseram calar a esquerda assassinando Marielle, mas não conseguiram nem conseguirão. Erguemos mais alto nosso grito por justiça, para que todo assassinato cometido por policiais e militares seja julgado por júri popular, para exigir do Estado livre acesso a todos autos e toda documentação para investigações independentes para impedir a impunidade, como se vê no caso Marielle ainda não resolvido mais de um ano depois.




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